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Tendo terminado oficialmente entre 1989 (reunificação da Alemanha) e 1991 (dissolução da União Soviética), a chamada Guerra Fria não deixaria o mundo como antes. A partir de então percebia-se que a verdadeira luta geoestratégica se jogava de forma encoberta, entre os serviços de informação e contra-informação das grandes potências, e onde qualquer pequeno território, estado ou regime político, poderia ser um peão num jogo de xadrês que o transcende.
Do mesmo modo, os filmes de espionagem vieram para ficar. Dos mais românticos aos mais cínicos, dos mais aventureiros aos mais realistas, daqueles cheios de mirabolante acção aos intelectuais e mais espartanos. Mesmo com novos temas (nomeadamente o terrorismo, e a emergência de estados nucleares não alinhados) a entrarem no léxico da espionagem, a Guerra Fria continua hoje a gerar histórias de interesse, como testemunhado no recente “A Ponte dos Espiões” (Bridge of Spies, 2015) de Steven Spielberg, que fechou este ciclo.
Com ele termina uma homenagem a essa era dourada dos filmes de espionagem, que se fez num ciclo onde se apresentaram 19 dos seus filmes mais emblemáticos.