
Nos anos 70 do século XX, o terror havia já mudado. As influências de um terror mais explicitamente visual, influenciado por “O Exorcista” (The Exorcist, 1973) de William Friedkin, ou de maior pressão psicológica, como em “A Semente do Diabo” (Rosemary’s Baby, 1968) de Roman Polanski apontavam novos caminhos, enquanto na própria Itália, o triunfo do giallo (que influenciava o norte-americano slasher) levava as audiências a procurar as emoções fortes dos sustos repletos de sangue e macabro.
O cinema de género italiano mudava, com o declínio do western spaghetti, o desaparecimento do peplum, e o estabelecimento do poliziottesco, do filme de guerra do filme político, e das exploitations visualmente muito mais chocantes. O terror italiano passa então pelo gore dos filmes de zombies e de canibalismo sempre com um pé na exploração das imagens de sexo. Reinam nomes como Lucio Fulci, Joe D’Amato e Ruggero Deodato.
Na vertente mais clássica, Dario Argento continuava uma carreira impressionante, sendo secundado por nomes como Lamberto Bava, Sergio Garrone, Michele Soavi, Mariano Baino ou Pupi Avati, que encarnam alguma da influência gótica no seu terror, feito de ambientes negros e misteriosos, sombras fantasmagóricas do passado, e uma classe quase aristocrática dos seus personagens. Neles, e noutros, o gótico ainda perdura, por mais que estejam passados os anos gloriosos de Riccardo Freda, Mario Bava, Antonio Margheriti e Massimo Pupillo.
Ficou aqui a homenagem de A Janela Encantada, feita de 25 filmes, que tiveram como objectivo despertar os leitores para este género tão desprezado.
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