• Início
    • Introdução
    • Sobre o autor
    • Bibliografia
  • Blog
  • Ciclos
    • Alexander Sokurov
    • Audrey Hepburn
    • Béla Tarr
    • Cinema mudo escandinavo
    • Clássicos dos anos 20
    • Danny Kaye
    • Dramaturgos em Hollywood
    • Ealing Comedies (Reis da comédia VI)
    • Era dourada do cinema japonês
    • Espiões na Guerra Fria
    • Expressionismo Alemão
    • Fantasmas do antigo Japão
    • Film Noir
    • Gótico da Hammer
    • Greta Garbo
    • Hollywood no cinema
    • Ingrid Bergman
    • Irmãos Marx
    • Jean-Claude Brisseau
    • Jerry Lewis
    • Jia Zhangke
    • Longas da comédia muda
    • Macabro de Dario Argento
    • Marilyn Monroe
    • Mel Brooks
    • Mestres de ficção científica
    • Michael Haneke
    • Monty Python
    • Música Clássica e Cinema
    • Neo-realismo Italiano
    • New Hollywood
    • Nouvelle Vague
    • Nova Hammer
    • Nuri Bilge Ceylan
    • O apogeu do gore
    • Os filhos do Neo-realismo
    • Os pintores e o cinema
    • Pablo Larraín
    • Paolo Sorrentino
    • Piratas e corsários
    • Primeira Guerra Mundial
    • Realismo poético francês
    • Spaghetti com S de Sergio
    • Surrealismo no cinema
    • Sword & sandal
    • Terror de Vincent Price
    • Terror gótico italiano
    • Terror satânico
    • Tsai Ming-liang
    • URSS e revolução
    • Wuxia moderno
    • Xavier Dolan
  • Integrais
    • Alfred Hitchcock
    • Andrei Tarkovsky
    • Federico Fellini
    • Ingmar Bergman
    • Martin Scorsese
    • Rainer Werner Fassbinder
    • Robert Bresson
    • Woody Allen
  • Artigos
    • Divas de Hollywood
    • Cinema mudo escandinavo
    • Cinema XXI
    • Dramaturgos em Hollywood
    • Era dourada do cinema japonês
    • Espiões na Guerra Fria
    • Expressionismo Alemão
    • Fantasmas do antigo Japão
    • Film Noir
    • O Gótico da Hammer
    • Piratas e corsários
    • Longas-metragens da comédia muda
    • Mestres de ficção científica
    • Neo-realismo italiano
    • New Wave of Hollywood
    • Nouvelle Vague
    • O macabro de Dario Argento
    • Os filhos do Neo-realismo
    • Reis da Comédia
    • Realismo poético francês
    • Spaghetti com S de Sergio
    • Surrealismo no cinema
    • Sword and sandal
    • O Terror de Vincent Price
    • Terror gótico italiano
    • URSS e Revolução
  • Rubricas
    • As minhas listas
    • Cineclubes
    • Especial Natal
    • Festivais: Estrangeiro
    • Hoje escrevo eu
    • O meu Ciclo
  • Calendário
    • Festivais: Portugal
    • Prémios
  • Cine-Portugal
    • Blogs
    • Cineclubes
    • Distribuidoras
    • Exibidores
    • Festivais
    • Instituições
    • Produtoras
    • Publicações
  • Universos Paralelos

A janela encantada

A janela encantada

Tag Archives: Cinema japonês

Padrinhos de Tóquio, 2003

22 Quarta-feira Dez 2021

Posted by jc in Especial Natal

≈ Deixe um comentário

Etiquetas

Animação, Anime, Aya Okamoto, Cinema, Cinema japonês, Comédia, Kyôko Terase, Satoshi Kon, Tôru Emori, Yoshiaki Umegaki

Tokyo GodfathersNuma fria noite de Natal em Tóquio, três sem-abrigo – o bêbedo Gin (voz de Tôru Emori), a antiga drag queen Hana (voz de Yoshiaki Umegaki), e a jovem foragida Miyuki (voz de Aya Okamoto) – encontram uma bebé abandonada quando vasculham o lixo. Entre o instinto maternal de Hana e a vontade prática de evitar conflitos de Gin, o trio enceta uma longa viagem pela noite, em busca de pistas sobre os pais da bebé, ao mesmo tempo que se redescobrem a si mesmos, redefinem a sua relação, e lidam com as dificuldades e rejeições que os levaram à actual situação. Continuar a ler →

Advertisement

Universos Paralelos – 39 – Os samurais de Akira Kurosawa

28 Domingo Mar 2021

Posted by jc in Universos Paralelos

≈ Deixe um comentário

Etiquetas

Akira Kurosawa, Aventuras, Cinema, Cinema japonês, Drama, Podcast, Samurais, Segundo Take, Toshiro Mifune, Universos Paralelos

Universos Paralelos - 39 - Os samurais de Akira Kurosawa

Pode ouvir aqui o trigésimo nono episódio de Universos Paralelos:


podcast

 

Universos Paralelos é um programa da autoria de António Araújo (Segundo Take), José Carlos Maltez (A Janela Encantada) e Tomás Agostinho (Imaginauta), produzido e apresentado mensalmente no website Segundo Take.

Subscreva o podcast em:
Apple Podcasts, ou Spotify, ou por RSS

Encontre todos os episódios em www.universosparalelos.net
E siga-nos nas redes sociais procurando: universosparalelospodcast

Universos Paralelos

Universos Paralelos – 38 – O universo surrealista de Satoshi Kon

26 Sexta-feira Fev 2021

Posted by jc in Universos Paralelos

≈ Deixe um comentário

Etiquetas

Animação, Cinema, Cinema japonês, Podcast, Satoshi Kon, Segundo Take, Surrealismo, Universos Paralelos

Universos Paralelos - 38 - O universo surrealista de Satoshi Kon


Pode ouvir aqui o trigésimo oitavo episódio de Universos Paralelos:

podcast

Universos Paralelos é um programa da autoria de António Araújo (Segundo Take), José Carlos Maltez (A Janela Encantada) e Tomás Agostinho (Imaginauta), produzido e apresentado mensalmente no website Segundo Take.

Subscreva o podcast em: Apple Podcasts, ou Spotify, ou por RSS

E siga-nos nas redes sociais procurando: universosparalelospodcast

Universos Paralelos

Universos Paralelos – 20 – Nas asas da imaginação de Miyazaki

26 Segunda-feira Ago 2019

Posted by jc in Universos Paralelos

≈ Deixe um comentário

Etiquetas

Animação, Cinema, Cinema japonês, Estúdios Ghibli, Fantasia, Hayao Miyazaki, Podcast, Segundo Take, Universos Paralelos

Universos Paralelos - 20 - Nas asas da imaginação de Miyazaki

Pode ouvir aqui o vigésimo episódio de Universos Paralelos:
PODCAST

E ler a respectiva folha de sala aqui:
FOLHA DE SALA

 

Universos Paralelos é um programa da autoria de António Araújo (Segundo Take), José Carlos Maltez (A Janela Encantada) e Tomás Agostinho (Imaginauta), produzido e apresentado mensalmente no podcast Segundo Take.

Subscreva o podcast em:
Apple Podcasts
ou
Spotify.

Universos Paralelos

Universos Paralelos – 20 – Nas asas da imaginação de Miyazaki

22 Quinta-feira Ago 2019

Posted by jc in Universos Paralelos

≈ Deixe um comentário

Etiquetas

Animação, Cinema, Cinema japonês, Estúdios Ghibli, Fantasia, Hayao Miyazaki, Podcast, Segundo Take, Universos Paralelos

Universos Paralelos

É já segunda-feira que chega o vigésimo episódio de Universos Paralelos, da autoria do António Araújo (Segundo Take), do José Carlos Maltez (A Janela Encantada) e do Tomás Agostinho (Imaginauta).

Desta vez dedicamo-nos a analisar o universo fantasioso de Hayao Miyazaki, com especial destaque para as longas-metragens para cinema produzidas nos estúdios Ghibli, e pode ouvir-nos aqui:
podcast

 

Nas asas da imaginação de Miyazaki

Hayao Miyazaki num tributo ao seu universo de animação

12 de Julho de 1945. A cidade de Utsunomiya, no Japão, era vítima de um ataque aéreo, dizimando cerca de metade da cidade. Nesse mesmo local, e durante toda a Segunda Grande Guerra, a Miyazaki Airplane, gerida por Katsuji Miyazaki, fornecia lemes para os míticos caças Mitsubishi A6M Zero, utilizados pela Marinha Imperial Japonesa.

Tanto o bombardeamento como o trabalho desenvolvido pelo seu pai marcaram e vieram a influenciar fortemente a imaginação e o trabalho de Hayao Miyazaki, mestre da animação e da arte de contar histórias e sobre quem me debruço no presente texto.

Começou por trabalhar na Toei Animation, onde conheceu Isao Takahata, co-fundador dos estúdios Ghibli e colaborador de longa data. Durante o seu tempo nesse estúdio, e posteriormente na Nippon Animation, Miyazaki veio a desenvolver trabalhos com Takahata, como “Heidi” (Arupusu no Shōjo Haiji, 1974) e “Marco: Dos Apeninos aos Andes” (Haha o Tazunete Sanzenri, 1976). Talvez o seu trabalho mais significativo pré-Ghibli tenha sido “Conan, o Rapaz do Futuro” (Mirai Shōnen Konan, 1978), uma série televisiva de 26 episódios, sobre a história de um rapaz (e de uma rapariga e do seu amor – tema recorrente na sua obra) e das suas aventuras enquanto atravessa um mundo pós-apocalíptico, destruído pela sede de violência entre o Homem.

Existe uma certa linha contínua temática que parece unir o trabalho de Miyazaki, que começa muito antes da fundação dos estúdios Ghibli, como podemos ver em “Marco” e “Heidi” — a preocupação com a família, com os amigos ou a denúncia da simples beleza presente numa aventura — ou numa preocupação já cada vez mais estética como vemos tomar forma em “Conan”, ou de maneira bastante mais evidente no seu último filme antes da fundação dos estúdios míticos, “Nausicaä do Vale do Vento” (Kaze no tani no Naushika, 1984). “Nausicaä” é um filme quase tão indistinto dos outros filmes que Miyazaki produz durante a sua era dourada nos estúdios, que parece apenas justo atribuir ao filme uma afiliação honorária. Vai buscar a “Conan” não só os temas da guerra e as suas desastrosas consequências, como o próprio viveu em 1945, mas também dois elementos basilares do seu trabalho, a família — que de forma tão bela nos mostra que existe outra para além da de sangue — e a aventura. Introduz, no entanto, um novo e incrivelmente recorrente tema, o do voar, tanto na sua acepção mais literal, como podemos ver através da presença de várias naves e outros objectos voadores, como o planador de Nausicaä, mas também na sua face mais metafórica ou espiritual, o voar para outros mundos, o sonhar. Este sonhar é, no fundo e no princípio, o motor central do trabalho do autor. Vemo-lo tomar formas mais concretas como nos filmes em que o céu e a aviação tomam papéis essenciais na narrativa, como “Nausicaä”, “O Castelo no Céu” (Tenkû no shiro Rapyuta, 1986), “Kiki – A Aprendiz de Feiticeira” (Majo no takkyûbin, 1989), “Porco Rosso – O Porquinho Voador” (Kurenai no buta, 1992), ou de forma não só literal, mas incrivelmente realista também, n’”As Asas do Vento” (Kaze tachinu, 2013), que se não fosse o seu regresso da reforma teria sido o filme perfeito para terminar uma grande carreira. Noutros filmes, o voar projecta-se para o domínio do onírico, “A Viagem de Chihiro” (Sen to Chihiro no kamikakushi, 2001), “O Castelo Andante” (Hauru no ugoku shiro, 2004) ou “Ponyo à Beira-Mar” (Gake no ue no Ponyo, 2008) são exemplos claros disso. Onde o sonho predomina e o espectador é totalmente transportado para um mundo com poucos referentes visuais externos, enquanto que nos outros filmes supra-mencionados, a fantasia e a realidade parecem coexistir numa malha harmoniosa, temos normalmente espaços conhecidos com elementos e personagens fantasiosas, do mais sóbrio (“As Asas do Vento”) ao mais fictício (“O Castelo no Céu” / “Porco Rosso”), tendo “Nausicaä” como saudável excepção. Entre este tema central do sonho e do voo, Miyazaki parece ainda querer apresentar uma preocupação de cariz mais natural, a da defesa da Terra e dos seus recursos. O tema do ambiente é fortemente explorado em “A Princesa Mononoke” (Mononoke-hime, 1997), onde o conto toma contornos de uma fábula, da defesa da Natureza, como sendo o ponto de equilíbrio do Mundo.

Encontramos entre estes, temas outros ainda com uma enorme transversalidade: o feminismo e a presença forte de heroínas — nas palavras do próprio sobre as suas personagens femininas «valentes, raparigas auto-suficientes que não pensam duas vezes sobre lutar pelo que acreditam com todo o seu coração […] podem precisar de um amigo, de um apoiante, mas nunca de um salvador […] qualquer mulher é tão capaz de ser um herói como qualquer homem» —, a exploração narrativa de momentos de transição na vida uma pessoa, frequentemente entre a vida juvenil e adulta, e a existência de uma tragédia que incita o enredo, servindo de motivação para resolver os dilemas do herói.

Chegamos ao momento de confluência de uma carreira rica com o filme mais recente do autor, “As Asas do Vento”. Um filme que vem repescar a temática da aviação e das Grandes Guerras, tal como já tínhamos visto em “Porco Rosso”. Desta vez, e pela primeira vez, temos um filme que decorre na sua totalidade num universo reconhecível, não-mágico e inteiramente habitado por humanos. Baseia-se ainda na vida de uma personalidade histórica, Jiro Horikoshi, designer de aviões e responsável pelo mítico Mitsubishi A6M Zero, reforçando a ligação não só com o mundo real, mas também com a própria vida de Miyazaki e do seu pai. O filme continua a recorrer ao uso do onírico, para criar uma ligação entre Jiro e Giovanni Battista Caproni, outra personagem histórica, que aqui serve de mestre ao nosso herói, mas que também terá tido uma influência na vida de Miyazaki, dado que o nome Ghibli vem do avião Caproni Ca.309 Ghibli, concebido pela empresa do próprio Caproni, entrelaçando ainda mais a vida do cineasta com a vida do nosso protagonista, tornando este talvez o filme mais pessoal da sua filmografia. Mas o filme não se contém numa recriação (ficcional) da história, pois mantém toda a tradição temática e estética do animador, correspondendo a uma declaração de fé no poder dos sonhos, como força motriz do trabalho: vida, e amor num uno sem qualquer atrito — um ideal representado aqui pelo desejo de Jiro de conceber um avião impossivelmente leve e célere. Esta necessidade de canalizar os nosso sonhos para o trabalho toma, de facto, a sua forma mais concreta neste último filme, mas encontramo-la presente desde o início — não esquecer que aquilo que motiva inicialmente Pazu (d’”O Castelo no Céu”, o primeiro filme totalmente Ghibli) a procurar a cidade perdida (e curiosamente voadora) de Laputa é o desejo de ser — e quiçá reencontrar — como o seu pai, piloto e aventureiro dos céus, e de ser o primeiro a aterrar nessa cidade desaparecida.

Miyazaki não se despede com este filme, que seria um adeus incrivelmente poderoso e emocional, como o filme nos mostra, mas volta de uma curta reforma para realizar “How Do You Live?” (Kimitachi wa dô ikiru ka, 2020). A estrear por volta da altura dos Jogos Olímpicos de 2020, Miyazaki pretende com esta obra escrever uma carta ao seu neto, talvez numa tentativa de ser o parente que nunca foi para o seu filho, Gorō. O filme debruça-se sobre os vários passos que levam um rapaz a tornar-se num adulto, física e espiritualmente.

Talvez seja o melhor cineasta de animação da história, dada a profundidade e mestria dos seus filmes, como Roger Ebert apontou, mas de uma coisa podemos ter a certeza, Miyazaki é o grande defensor do poder dos sonhos, da imaginação e da vitória da perseverança perante o mesmo.

Le vent se lève!
il faut tenter de vivre!

Tomás Agostinho, Agosto de 2019.

 

Fontes primárias

Bibliografia

  • Miyazaki, Hayao (1982/1988 – 1994/1996) Nausicaä of the Valley of the Wind (Kaze no Tani no Naushika). San Francisco, California: VIZ Media LLC.

Séries de Televisão

  • Heidi (Arupusu no Shōjo Haiji, 1974): animação
  • Marco: Dos Apeninos aos Andes (Haha o Tazunete Sanzenri, 1976): animação
  • Conan, o Rapaz do Futuro (Mirai Shōnen Konan, 1978): realização e animação

Cinema (longas-metragens)

  • Lupin III: O Castelo de Cagliostro (Rupan sansei: Kariosutoro no shiro, 1979)
  • Nausicaä do Vale do Vento (Kaze no tani no Naushika, 1984)
  • O Castelo no Céu (Tenkû no shiro Rapyuta, 1986)
  • O Meu Vizinho Totoro (Tonari no Totoro, 1988)
  • Kiki – A Aprendiz de Feiticeira (Majo no takkyûbin, 1989)
  • Porco Rosso – O Porquinho Voador (Kurenai no buta, 1992)
  • A Princesa Mononoke (Mononoke-hime, 1997)
  • A Viagem de Chihiro (Sen to Chihiro no kamikakushi, 2001)
  • O Castelo Andante (Hauru no ugoku shiro, 2004)
  • Ponyo à Beira-Mar (Gake no ue no Ponyo, 2008)
  • As Asas do Vento (Kaze tachinu, 2013)

Cinema (curtas-metragens)

  • Yuki’s Sun (Yuki no taiyô, 1972)
  • Nandarou (1992)
  • Whale Hunt (Kujira tori, 2001)
  • Mei and the Kittenbus (Mei to Koneko basu, 2002)
  • Imaginary Flying Machines (Kûsô no sora tobu kikaitachi, 2002)
  • Koro’s Big Day Out (Koro no dai-sanpo, 2002)
  • House-hunting (Yadosagashi, 2006)
  • Monmon the Water Spider (Mizugumo Monmon, 2006)
  • The Day [I] Bought A Star (Hoshi wo katta hi, 2006)
  • Mr. Dough and the Egg Princess (Pan-dane to Tamago-hime, 2010)
  • Boro the Caterpillar (2018)

 

Fontes secundárias

Cinema

  • The Kingdom of Dreams and Madness (Yume to kyôki no ôkoku, Mami Sunada, 2013): documentário sobre os estúdios Ghibli.

Fim do ciclo “Fantasmas do antigo Japão”

29 Terça-feira Nov 2016

Posted by jc in Fantasmas do antigo Japão

≈ Deixe um comentário

Etiquetas

Cinema, Cinema japonês, Era dourada do cinema japonês, Fantasmas, Terror

Onibaba (1964) de Kaneto Shindō

Com nove filmes, realizados entre 1958 e 1975, apresentou-se uma pequena amostra do longo filão que foi o terror clássico japonês do pós-guerra, dedicado aos fantasmas da mitologia e folclore ancestrais daquele país.

Foi um período em que se fazia o revisionamento da posição do Japão no mundo, se lambiam feridas de guerra e se questionava a modernização e abertura ao Ocidente. Tais espectros de dores ainda não resolvidas encontrava eco neste tipo de histórias que eram ao mesmo tempo terríficas e perturbadoras, como eram poéticas e inspiradoras de tempos idos de lenda e crença religiosa.

Com modelos que passavam pela atmosfera gótica, a pintura clássica japonesa, as histórias medievais, o estilizado teatro kabuki e a superstição que vinha do budismo e xintoísmo, o terror japonês tornou-se marcante, mesmo no Ocidente, ganhando uma identidade própria e um carisma único. Tal viria mais tarde a ressurgir, com uma nova vaga de filmes que ainda hoje dão ao terror japonês em particular, e asiático em geral, um lugar de destaque na cinematografia universal, mesmo que hoje se procure mais o susto imediato e uma inquietação mais visceral, que o mundo de poético das ideias que era apanágio dos filmes do período que aqui se descreveu.

Textos adicionais
A lista de filmes

Under the Blossoming Cherry Trees, 1975

28 Segunda-feira Nov 2016

Posted by jc in Fantasmas do antigo Japão

≈ Deixe um comentário

Etiquetas

Ango Sakaguchi, Cinema, Cinema japonês, Era dourada do cinema japonês, Fantasmas, Filme de época, Hiroko Isayama, Masahiro Shinoda, Shima Iwashita, Terror, Tomisaburō Wakayama

Sakura no mori no mankai no shitaUm rude salteador da montanha (Tomisaburō Wakayama) assalta um grupo de caminhantes, matando os homens e raptando a mulher (Shima Iwashita), por quem se apaixona de imediato e toma por sua. A troco da dependência sexual do salteador, ela começa prontamente a acossá-lo, martirizando-o com os seus caprichos e exigências, que vão desde fazê-lo matar todas as suas anteriores esposas, que ele mantinha como empregadas, a enviá-lo numa senda assassina em busca de cabeças que ela usa nos seus teatros macabros. Em breve o salteador começa a pensar fugir, sempre com o pensamento na lendária loucura que espreita nos campos de cerejeiras em flor. Continuar a ler →

Kuroneko, 1968

25 Sexta-feira Nov 2016

Posted by jc in Fantasmas do antigo Japão

≈ Deixe um comentário

Etiquetas

Cinema, Cinema japonês, Era dourada do cinema japonês, Fantasmas, Filme de época, Kaneto Shindō, Kei Satō, Kichiemon Nakamura, Kiwako Taichi, Nobuko Otowa, Terror

Yabu no naka no kuronekoUm conjunto de samurais, famintos, fugidos da guerra, encontra uma casa junto a um bambuzal, onde vivem duas mulheres, sogra (Nobuko Otowa) e nora (Kiwako Taichi). Os samurais não só lhes comem a comida, como as violam e provocam um incêndio que queima completamente casa e mulheres. Anos depois, os samurais que viajam pela região são seduzidos por duas mulheres fantasmas, que os matam chupando-lhes o sangue. Um dia, o chefe local envia o seu samurai Gintoki (Kichiemon Nakamura) para tentar descobrir que monstros são estes. O que ele descobre é que as mulheres são os fantasmas da sua mãe e da sua esposa. Continuar a ler →

Illusion of Blood, 1965

21 Segunda-feira Nov 2016

Posted by jc in Fantasmas do antigo Japão

≈ Deixe um comentário

Etiquetas

Cinema, Cinema japonês, Eitaro Ozawa, Era dourada do cinema japonês, Fantasmas, Filme de época, Junko Ikeuchi, Kanzaburō Nakamura, Mariko Okada, Mayumi Ōzora, Nanboku Tsuruya, Ratsuya Nakadai, Shirō Toyoda, Terror, Yasushi Nagata

Yotsuya KaidanSem senhor a quem servir, o samurai Iyemon Tamiya (Tatsuya Nakadai) está condenado à pobreza, pelo que o sogro (Yasushi Nagata) ordena o regresso a casa da filha Oiwa (Mariko Okada), para a dar à prostituição. Numa discussão Iyemon mata o sogro, enquanto o seu amigo Naosuke (Kanzaburō Nakamura) mata o noivo de Osode (Junko Ikeuchi), irmã de Oiwa, por ciúmes. Ambos vão culpar ladrões e viver com as respectivas pretendidas, mas cedo Iyemon decide que para voltar a ter um senhor precisa de casar com alguém mais rico. Com a sua nova noiva Oume (Mayumi Ōzora), Iyemon planeia a morte da esposa, só que esta voltará como fantasma, para o atormentar e todos aqueles que causaram os seus males e os da sua irmã. Continuar a ler →

Kaidan, 1964

18 Sexta-feira Nov 2016

Posted by jc in Fantasmas do antigo Japão

≈ Deixe um comentário

Etiquetas

Cinema, Cinema japonês, Era dourada do cinema japonês, Fantasmas, Filme de época, Katsuo Nakamura, Keiko Kishi, Masaki Kobayashi, Michiyo Aratama, Osamu Takizawa, Rentarō Mikuni, Tatsuya Nakadai, Terror

KaidanQuatro histórias fantásticas do Japão medieval constituem “Kaidan”. “Cabelo Negro” conta como um samurai abandona a mulher por riqueza, casando socialmente mais acima, para se arrepender e voltar anos depois à casa onde foi feliz, aí é recebido pela primeira mulher, que permanece igual, mas acontecimentos fantasmagóricos vão transformar a noite em tragédia. Em “A Mulher na Neve”, um lenhador perdido na neve, vê uma mulher-fantasma matar o seu parceiro, mas poupá-lo, na condição de que ele nunca conte o sucedido. O lenhador virá a casar e ter vários filhos, até perceber que a mulher que desposou é o fantasma de anos atrás. Em “Hoichi, o Sem Orelhas”, Hoichi é um músico cego que serve no templo, e canta sobre batalhas passadas. Um dia um estranho samurai chama-o para cantar para um público desconhecido. Os padres descobrem mais tarde que este público são fantasmas, e que a vida de Hoichi está por isso em perigo. Finalmente, em “Numa Chávena de Chá”, um escritor conta o conto inacabado de um samurai que vê constantemente reflectidos em chávenas rostos dos seus inimigos. Continuar a ler →

← Older posts

Procurar

Podcast: Universos Paralelos

Universos Paralelos

Do mesmo autor

Outras críticas do autor

Blogs Portugal

Blogs Portugal

Ciclos

  • Alexander Sokurov (Cinema XXI) (5)
  • Alfred Hitchcock (55)
  • Andrei Tarkovsky (9)
  • As minhas listas (67)
  • Audrey Hepburn (Divas III) (21)
  • Béla Tarr (Cinema XXI) (5)
  • Cineclubes (9)
  • Cinema mudo escandinavo (19)
  • Clássicos dos anos 20 (26)
  • Danny Kaye (Reis da comédia V) (17)
  • Dramaturgos em Hollywood (21)
  • Ealing Comedies (Reis da comédia VI) (14)
  • Era dourada do cinema japonês (21)
  • Especial Natal (43)
  • Espiões na Guerra Fria (21)
  • Expressionismo Alemão (15)
  • Fantasmas do antigo Japão (11)
  • Federico Fellini (22)
  • Film Noir (32)
  • Filmtwist (7)
  • Fora da Janela (43)
  • Greta Garbo (Divas II) (26)
  • Hoje escrevo eu (14)
  • Hollywood no cinema (19)
  • Informação (36)
  • Ingmar Bergman (45)
  • Ingrid Bergman (Divas IV) (23)
  • Irmãos Marx (Reis da comédia I) (15)
  • Jean-Claude Brisseau (Cinema XXI) (7)
  • Jerry Lewis (Reis da Comédia IV) (16)
  • Jia Zhangke (Cinema XXI) (6)
  • John Cassavetes (5)
  • Longas da comédia muda (22)
  • Macabro de Dario Argento (20)
  • Marilyn Monroe (Divas I) (15)
  • Martin Scorsese (26)
  • Música Clássica e Cinema (16)
  • Mel Brooks (Reis da Comédia III) (13)
  • Mestres de ficção científica (26)
  • Michael Haneke (Cinema XXI) (7)
  • Monty Python (Reis da comédia II) (14)
  • Neo-realismo Italiano (17)
  • New Hollywood (25)
  • Nouvelle Vague (29)
  • Nova Hammer (10)
  • Nuri Bilge Ceylan (Cinema XXI) (6)
  • O apogeu do gore (31)
  • O Gótico da Hammer (43)
  • O meu Ciclo (27)
  • Os filhos do Neo-realismo (38)
  • Os pintores e o cinema (18)
  • Pablo Larraín (Cinema XXI) (5)
  • Paolo Sorrentino (Cinema XXI) (5)
  • Passatempos (1)
  • Piratas e corsários (17)
  • Primeira Guerra Mundial (26)
  • Rainer Werner Fassbinder (38)
  • Realismo poético francês (15)
  • Robert Bresson (15)
  • Spaghetti com S de Sergio (14)
  • Surrealismo no cinema (23)
  • Sword & sandal (21)
  • Terror de Vincent Price (33)
  • Terror gótico italiano (28)
  • Terror satânico (15)
  • Tsai Ming-liang (Cinema XXI) (5)
  • Universos Paralelos (87)
  • URSS e revolução (15)
  • Woody Allen (53)
  • Wuxia moderno (17)
  • Xavier Dolan (Cinema XXI) (7)

Revista Take

Cineclubes

  • Cine Clube de Viseu
  • Cine-Clube da Ilha Terceira
  • Cine-Clube de Avanca
  • Cineclube Aurélio da Paz dos Reis
  • Cineclube de Santarém
  • Cineclube de Tavira
  • Cineclube de Telheiras
  • ZOOM – Cineclube de Barcelos

Sites Internacionais

  • All Movie Guide
  • All Things Horror
  • American Film Institute
  • British Film Institute
  • Cahiers du Cinema
  • Critics' Picks – NY Times
  • Imdb
  • Oscars
  • Roger Ebert
  • Rotten Tomatoes
  • The Greatest Films

Blogs que sigo

  • Rookies Portugal
  • girl on film
  • "May the CINEMA be with you..."
  • Matinée Portuense
  • Última Sessão
  • Jump Cuts
  • Cinema 7ª Arte
  • there's something out there
  • The Short Guide to Movies
  • PixelHunt
  • Cinemaville
  • brain-mixer
  • MovieWagon
  • Créditos Finais
  • vício frenético
  • girl on film
  • Sala3
  • O Homem Que Sabia Demasiado
  • OUT
  • Some like it cool
  • CinEuphoria
  • memento mori
  • companhia das amêndoas
  • À pala de Walsh
  • Bateman's critics
  • Cine Resort
  • Antestreia
  • Rick's Cinema
  • O Narrador Subjectivo
  • My Two Thousand Movies
  • Hoje vi(vi) um filme
  • Um Dia fui ao Cinema
  • Split Screen
  • Portal Cinema
  • Cinematograficamente Falando ...
  • CinemaXunga
  • Cinema Notebook
  • CINE 31
  • CINEBLOG
  • Not a film critic
  • POR UM PUNHADO DE EUROS
  • Alucards Corner
  • La Amora

Etiquetas

Acção Alfred Hitchcock Animação Audrey Hepburn Aventura Biopic Burlesco Christopher Lee Ciclos Cinema Cinema alemão Cinema chinês Cinema escandinavo Cinema Francês Cinema italiano Cinema japonês Cinema Mudo Cinema soviético Cinema sueco Comédia Comédia Dramática Comédia Muda Comédia Musical Comédia Romântica Dario Argento Drama Drama Criminal Drama familiar Era dourada do cinema japonês Espionagem Expressionismo Fantasia Farsa Federico Fellini Ficção Científica Filme de época Filme Histórico Filme sobre Cinema Film Noir Gore Greta Garbo Guerra Guerra Fria Gótico Gótico Italiano Hammer Hollywood Ingmar Bergman Ingrid Bergman Martin Scorsese Max Von Sydow Musical Natal Neo-realismo Italiano New Wave of Hollywood Nouvelle Vague Novo cinema alemão Peter Cushing Pintura Piratas Podcast Policial Primeira Guerra Mundial Rainer Werner Fassbinder Romance Segundo Take Surrealismo Terror Thriller Universos Paralelos Vampiros Vincent Price Weimar Western Woody Allen

Escreva aqui o seu endereço de email e receba notificações de novos posts por email.

Junte-se a 173 outros subscritores

  • 698.899 visitas

Links RSS

RSS Feed RSS - Artigos

RSS Feed RSS - Comentários

Fevereiro 2023
D S T Q Q S S
 1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728  
« Out    

Create a free website or blog at WordPress.com.

Rookies Portugal

girl on film

"May the CINEMA be with you..."

Matinée Portuense

Última Sessão

Blog de cinema

Jump Cuts

Cinema 7ª Arte

there's something out there

The Short Guide to Movies

PixelHunt

Video games and beyond!

Cinemaville

Uma webzine de olhos bem abertos

brain-mixer

MovieWagon

Um outro olhar sobre o cinema

Créditos Finais

vício frenético

Um blog de Ronald Perrone

girl on film

Sala3

O Homem Que Sabia Demasiado

OUT

Some like it cool

CinEuphoria

memento mori

companhia das amêndoas

À pala de Walsh

Bateman's critics

Cine Resort

Antestreia

Rick's Cinema

O Narrador Subjectivo

My Two Thousand Movies

Hoje vi(vi) um filme

Um Dia fui ao Cinema

Split Screen

Portal Cinema

Cinematograficamente Falando ...

CinemaXunga

Cinema Notebook

CINE 31

CINEBLOG

Not a film critic

POR UM PUNHADO DE EUROS

Alucards Corner

Devaneios de Alucard

La Amora

por Thaís dos Reis

Privacy & Cookies: This site uses cookies. By continuing to use this website, you agree to their use.
To find out more, including how to control cookies, see here: Cookie Policy
  • Seguir A seguir
    • A janela encantada
    • Junte-se a 173 outros seguidores
    • Already have a WordPress.com account? Log in now.
    • A janela encantada
    • Personalizar
    • Seguir A seguir
    • Registar
    • Iniciar sessão
    • Denunciar este conteúdo
    • Ver Site no Leitor
    • Manage subscriptions
    • Minimizar esta barra
 

A carregar comentários...