Com o filme “A Sede do Mal” (Touch of Evil, 1958) de Orson Welles, terminava a época clássica do Film Noir. Não que este subgénero desaparecesse por completo. Em primeiro lugar pode-se aceitar que ele se transferiu para a televisão, com o aparecimento nos anos 60 de inúmeras séries de carácter policial, centradas no detective duro, e amoral, ou em personagens a contas com a justiça.
Nos anos 70, através de policiais cínicos como “Os Incorruptíveis Contra a Droga” (The French Connection, 1971) de William Friedkin, ele voltaria ao grande écrã, agora a cores, e com temas mais actuais. De uma forma ou de outra, por vezes misturando-se com Ficção Científica, ou até Comédia, o Film Noir influencia ainda muito do cinema dos nossos dias.
Após 30 filmes a preto e branco do período áureo do género, termina aqui o ciclo dedicado a esta corrente, que começou espontaneamente, sem uma consciência própria, e se tornou uma das forças estéticas mais influentes do cinema americano.