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A janela encantada

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Category Archives: Cineclubes

ZOOM – Cineclube de Barcelos

04 Domingo Jun 2017

Posted by jc in Cineclubes

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Cineclubes, Cinema

ZOOM - Associação Cultural

Apresentação

Nome: ZOOM – Cineclube de Barcelos
Localização: Avenida João Duarte, 405, 4750-175 Barcelos

Facebook: https://www.facebook.com/zoom.pt
Email: cinemazoomcinema@gmail.com

Teatro Gil Vicente, local das exibições do Cineclube de Barcelos

Entrevista

Entrevista a Isabel Clara Rodrigues Araújo, presidente da direção da ZOOM – Associação Cultural
Março de 2017

Há quanto tempo existe a ZOOM – Associação Cultural?
A associação cultural ZOOM, foi fundada em janeiro de 2005. Completou este ano 12 anos de existência.

Quantos sócios tem, e que quotas pagam?
A ZOOM tem por volta de 160 sócios, mas só 40 têm a quota em dia. O pagamento da quota divide-se por diferentes modalidades:
– Pagamento anual 25€
– Pagamento trimestral 15€
– Pagamento mensal 5€
– Gratuito para crianças até aos 10 anos
– Desconto para estudantes
– Sócios mecenas, pagamento anual de 250€

Quantas sessões organizam por mês?
No ano anterior realizamos um total de 48 sessões. Sendo que em Agosto não temos atividades. Em média realizamos 4 sessões por mês. Algumas sessões são articuladas com o plano nacional de cinema, exibindo filmes para os alunos das escolas do concelho que fazem parte desse plano.

Que critérios presidem à vossa programação, e que áreas se procuram cobrir?
É nossa forte preocupação a exibição mais alternativa, não comercial, valorizando o cinema de autor, com a exibição de filmes e de documentários premiados em festivais nacionais e internacionais. Procuramos cobrir todas as áreas e sentimentos que o cinema independente consegue transmitir. Sabemos que hoje em dia, é mais evidente a procura de bom cinema, destacando todas as mais valias que este consegue garantir. Contudo, exibimos também ciclos de cinema temáticos em articulação com algumas datas importantes e com instituições do nosso concelho.

No geral, a nossa preocupação é exibir cinema nacional e internacional o mais recente possível, no entanto, também nos parece importante engrandecer alguns nomes do cinema mais remoto e é isso que fazemos nos ciclos de cinema, nas conversas com realizadores e nalguns workshops com alunos de escolas.

Como é a adesão da população em geral?
Estando o cineclube situado num concelho com algumas carências culturais, torna-se difícil chegarmos a um número conceituado de público. No entanto, como articulamos as nossas sessões com diversificados públicos, escolas, universidade sénior, entre outros, estas têm uma maior adesão. Também notamos que por vezes a realização de ciclos de cinema é uma mais valia para angariar novos públicos.

Que outras actividades e iniciativas da ZOOM gostaria de destacar?
Nos anos anteriores a 2013, a ZOOM sempre desenvolveu muitos projetos relacionados com diferentes áreas, desde o cinema até à música, passando pela fotografia, artes plásticas, literatura, entre outras.

De Dezembro de 2013 a Outubro de 2015, alugamos um espaço a que chamamos CASAZUL, que nos permitiu desenvolver mais regularmente essas atividades, com autonomia de tempo e de espaço. Este espaço, a CASAZUL, acolheu e promoveu o desenvolvimento e exposição do trabalho de artistas locais, apoiando a divulgação das suas obras e recebeu igualmente artistas nacionais e internacionais, sempre em colaboração com outras instituições e entidades.

Com que apoios contam a nível local, e que outros gostariam de ter?
A ZOOM conta com o apoio total da Câmara Municipal de Barcelos. Parcialmente, contamos com a ajuda de apoios do Estado, nomeadamente o ICA. Os nossos sócios asseguram, uma parte muito pequena, que não cobre todas as atividades que realizamos, por isso também realizamos outras iniciativas com o objetivo de angariar fundos.

Estão satisfeitos com as instalações, e material técnico ou pensam que poderiam ter melhores condições?
A ZOOM possuía um espaço próprio, a CASAZUL, que vimos ser encerrada em Outubro de 2015, mas mesmo assim conseguimos que a nossa programação não parasse. No entanto, queremos continuar a crescer e não queremos parar na realização de atividades que se limitem só ao cinema. A procura de um novo espaço é persistente, mas difícil. Neste momento contamos com o trabalho em parceria com a Câmara Municipal de Barcelos e o Theatro Gil Vicente. Contudo, vamos continuar a lutar para alcançar esse objetivo, porque sabemos que Barcelos precisa de uma associação como a nossa para uma alternativa cultural.

Qual a facilidade ou dificuldade com que obtêm os filmes desejados?
Não tem sido difícil a obtenção dos filmes que exibimos. No entanto, alguns mais recentes, premiados ou de festivais são de difícil acesso e por vezes muito dispendiosos. Já temos contactos com algumas distribuidoras e recorremos à internet para pesquisar aqueles mais difíceis de encontrar. Nem sempre esta tarefa é fácil porque há muitos filmes que pertencem a distribuidores maiores, como por exemplo, a NOS, e que não facilita a distribuição de determinado filme aos cineclubes.

Em que formatos os projectam, e que proveniências têm?
Os filmes projetados pela ZOOM são regularmente em formato DVD, sendo que também apresentamos em Bluray e ficheiro digital, não DCP. Este projetor é extremamente caro e a sala de exibição não o tem. Estamos a pensar exibir alguns filmes em película, o único problema é termos projecionista capaz de o fazer.

A origem dos filmes são as respetivas distribuidoras.

Finalmente, na era da internet, qual a importância que vêem actualmente na existência dos cineclubes?
Claro que com a chegada da internet, todo o panorama cinematográfico levou um abalo, no entanto, hoje em dia penso que tudo se começa a compor. Na minha opinião, os cineclubes sobrevivem de amantes de cinema. Gente que gosta mesmo de bom cinema, de sentir o filme com um grupo de pessoas que sabem aquilo que estão a ver e que sentem de um modo diferente o que é ver um bom filme. Mesmo quando se trata de documentários e filmes de animação, o nosso público adere ao cineclube. A internet não consegue se sobrepor estes sentimentos.

Casazul, anterior projecto de colaboração da ZOOM

A Janela Encantada agradece a colaboração de Isabel Araújo, e da ZOOM – Associação Cultural, recomendando a quem puder que participe nas suas sessões, e apoie os cineclubes locais.

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Cineclube de Santarém

28 Domingo Maio 2017

Posted by jc in Cineclubes

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Cineclubes, Cinema

Cineclube de Santarém

Apresentação

Nome: Cineclube de Santarém
Localização: Palácio João Afonso, Rua Miguel Bombarda 4, 2000-080 Santarém
Sessões: Teatro Sá da Bandeira – Rua João Afonso, 7, 2000-055 Santarém

Blogue: https://cineclubesantarem.wordpress.com/
Facebook: https://www.facebook.com/cineclubedesantarem/
Email: cineclubedesantarem@gmail.com

Teatro Sá da Bandeira

Teatro Sá da Bandeira

Entrevista

Entrevista a Rita Correia, presidente da direcção do Cineclube de Santarém
Março de 2017

Há quanto tempo existe o Cineclube de Santarém?
Santarém foi cidade pioneira na divulgação do cinema, tendo apresentado uma primeira sessão de animatógrafo no Teatro Rosa Damasceno em Junho de 1896, poucos dias depois de ter sido efectuada em Lisboa, em 18 de Junho do mesmo ano, a primeira exibição de animatógrafo. Mais tarde, após prosseguimento de sessões de animatógrafo nas primeiras décadas do séc. XX, foi criada a Associação Scalabitana dos Amigos do Cinema, em 1932.

Em 1954, essa associação deu lugar ao Cineclube de Santarém, só vindo a ser aprovados os seus estatutos por despacho ministerial de 28 de Abril de 1955, após funcionamento durante mais de um ano de uma Comissão Organizadora.

Mais recentemente, houve um interregno de cerca de 20 anos na atividade do Cineclube de Santarém, que ressurgiu em 2008 através da Comissão Dinamizadora do Cineclube de Santarém. Em março de 2009 recomeçamos as exibições regulares no Teatro Sá da Bandeira e desde então temos tido uma atividade regular e consolidada.

Quantos sócios tem, e que quotas pagam?
Sócios antigos, anteriores a 2008, temos mais de 300. Atualmente, o Cineclube de Santarém conta com cerca de 200 sócios inscritos, que pagam 20€ de quota anual.

Quantas sessões organizam por mês?
Temos sessões todas as quartas-feiras de cada mês, e pontualmente algumas sessões extra.

Que critérios presidem à vossa programação, e que áreas se procuram cobrir?
A nossa programação não é tão livre como gostaríamos. Acima de tudo, infelizmente, temos os critérios económicos que ditam a nossa programação. Por outro lado, assumimo-nos como um Cineclube que passa cinema independente e de autor (essencialmente europeu), mas contemporâneo. Todos os filmes que passamos são habitualmente estreias ou filmes estreados há pouco tempo.
Existe falta desse tipo de programação na cidade e o Cineclube procura colmatar essa falha.

Pontualmente, ou em forma de ciclos, exibimos filmes antigos, inseridos na nossa missão de educação de públicos.

Fazemos sempre uma apresentação das sessões.

Como é a adesão da população em geral?
O Cineclube é muito acarinhado pela cidade, devo dizer. É uma das associações mais antigas e respeitadas da cidade. Temos um público fiel e regular de cerca de 40 espectadores, e uma taxa de ocupação de sala bastante acima dos números nacionais.

Que outras actividades e iniciativas do Cineclube de Santarém gostaria de destacar?
O Cineclube de Santarém foi responsável durante vários anos pela organização do Festival Internacional de Cinema de Santarém, que teve a sua primeira edição no final dos anos 60 e era, a par com o Festival de Cinema da Figueira da Foz, um dos mais importantes do país.

Atualmente, além das nossas sessões regulares, temos sessões de matiné para escolas e séniores, e fazemos sessões ao ar livre, de entrada livre, durante o verão.

Com que apoios contam a nível local, e que outros gostariam de ter?
Temos apenas o apoio da Câmara Municipal, que se traduz na cedência de uma sala onde estamos sediados, e na utilização do Teatro Municipal (Teatro Sá da Bandeira) para realizar as nossas sessões regulares. Seria bastante benéfico para a nossa atividade regular termos igualmente algum tipo de apoio financeiro.

Estão satisfeitos com as instalações, e material técnico ou pensam que poderiam ter melhores condições?
Estamos satisfeitos com as instalações e material técnico que utilizamos. Creio que até seremos das poucas salas nacionais equipadas com projetor de 35mm em perfeito estado funcional. A acústica da sala é muito boa e os nossos técnico de som fazem um excelente trabalho.

No entanto, será necessário dotar a sala de equipamentos digitais modernos para podermos continuar a exibir de forma regular, uma vez que a sala não está equipada com DCP, apenas dispomos de DVD e Bluray.

Qual a facilidade ou dificuldade com que obtêm os filmes desejados? Em que formatos os projectam, e que proveniências têm?
Como tive oportunidade de dizer ao início, temos bastantes constrangimentos financeiros, e há muitos filmes que não temos capacidade de passar porque fogem bastante do nosso reduzido orçamento. Por outro lado, sempre que tentamos passar algum filme com mais de 15/20 anos deparamos-nos com vários impededimentos de ordem legal, porque muitas vezes não conseguimos obter os direitos de exibição.

A maioria dos filmes que exibimos vêm das 3 maiores distribuidoras independentes nacionais: Alambique, Leopardo e Midas.

Finalmente, na era da internet, qual a importância que vêem actualmente na existência dos cineclubes?
A chamada “era da internet” já estava mais do que instalada quando os Cineclubes ressurgiram um pouco por todo o país. O digital foi visto como uma sentença de morte para o cinema nos anos 90, mas a verdade é que aconteceu precisamente o contrário: é nessa altura que fecham os videoclubes um pouco por todo o país, e que os cineclubes regressam em força.

Não sou adepta da ideia de que o cinema é um “acto social”, antes pelo contrário. Acho que o cinema é uma arte de fruição solitária e bastante individual. O que considero absolutamente fundamental é a existência de uma sala escura e ecrã grande. E isso, nem o melhor home cinema nos dá. A experiência do cinema implica sair de casa e estar sentado durante o tempo que dura o filme, sem pausas, nem streaming, nem outras distrações. E os cineclubes, na minha opinião, vieram trazer essa alternativa que faltava, quando assistimos ao fecho de salas de rua e à proliferação dos multiplexes e da experiência do cinema aliado às pipocas e ao fast food.

Quem gosta verdadeiramente de apreciar uma obra cinematográfica, certamente que agradece a alternativa que são os cineclubes.

Interior do Teatro Sá da Bandeira

A Janela Encantada agradece a colaboração de Rita Correia, e do Cineclube de Santarém, recomendando a quem puder que participe nas suas sessões, e apoie os cineclubes locais.

Cine-Clube de Avanca

02 Domingo Abr 2017

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Cineclubes, Cinema

Cine-Clube de Avanca

Apresentação

Nome: Cine-Clube de Avanca
Localização: Rua Prof. Dr. Egas Moniz, nº 159, 3860-078 Avanca

Website: http://www.avanca.com/
Blogue: http://ccavanca.blogspot.pt/
Facebook: https://www.facebook.com/cineclubedeavanca/
Email: ccavanca@yahoo.com

Lançamento do Avanca Film Festival 2016 (fonte: Diário de Aveiro)

Lançamento do Avanca Film Festival 2016 (fonte: Diário de Aveiro)

Entrevista

Entrevista a António Costa Valente, do Cine-Clube de Avanca
Março de 2017

Há quanto tempo existe o Cine-Clube de Avanca?
O Cine-Clube de Avanca existe legalmente desde 1982 mas teve uma existência informal desde 1977. Comemora este ano 40 anos de contínua atividade.

Quantos sócios tem, e que quotas pagam?
Os sócios pagam os filmes e neste último ano tivemos um acréscimo de sócios que permitiram ultrapassar as quatro centenas.

Quantas sessões organizam por mês?
Dependendo da época do ano, organizamos cerca de 4 sessões mensais.

Que critérios presidem à vossa programação, e que áreas se procuram cobrir?
Damos especial relevo ao cinema português, às cinematografias em português e a todas as que ainda não contam com uma indústria cinematográfica possante. Procuramos diversidade geográfica, mas sobretudo cultural. Habitualmente exibimos uma curta-metragem portuguesa (sobretudo as produzidas na nossa região), com cada uma das longas-metragens programadas.

Como é a adesão da população em geral?
A população conhece bem o Cine-Clube de Avanca e várias vezes tem comparecido em grande número nos momentos cruciais.
Naturalmente que a programação tem importância na adesão dos espetadores em cada sessão.

Que outras actividades e iniciativas do Cine-Clube de Avanca gostaria de destacar?
Em 2017 vamos comemorar 20 anos ininterruptos de festival de cinema AVANCA. Com o nome “Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia” este evento tem sido único na Europa, fazendo uma abordagem ao cinema onde os filmes em competição se juntam a espaços eminentemente práticos onde muitos desenvolvem formação e produção de novos filmes. O festival AVANCA 2017 irá ter este ano a sua 21ª edição e vários dos filmes a exibir serão de produção própria. Para além da produção de obras cinematográficas, o Cine-Clube de Avanca também edita regulamente livros de cinema, organiza exposições e eventos muito diversos, sempre na área da cultura e da ate. A conferência AVANCA | CINEMA, acompanhando o festival, tem permitido um forte debate de ideias e de projetos de investigação à volta do cinema. A formação e a intervenção no espaço escolar, têm sido sempre e igualmente uma referência nas nossas iniciativas.

Com que apoios contam a nível local, e que outros gostariam de ter?
Contamos com o apoio do município e junta de freguesia, para além de várias entidades locais. As associações da terra e as instalações existentes sempre estiveram muito disponíveis para a nossa atividade. Naturalmente que o nosso desejo seria poder contar com outros apoios da região, numa abrangência maior e com uma abordagem de valores capazes de nos ajudarem a dar novos rumos à nossa atividade.

Estão satisfeitos com as instalações, e material técnico ou pensam que poderiam ter melhores condições?
Embora os equipamentos sejam sempre secundários, gostaríamos de ter equipamento mais recente. Quanto às instalações, o nosso desejo é poder terminar o edifício que há longo tempo estamos a construir no centro de Avanca. Terá uma excelente sala de cinema e certamente que depois tudo será diferente.

Qual a facilidade ou dificuldade com que obtêm os filmes desejados? Em que formatos os projectam, e que proveniências têm?
Cada filme desejado tem a sua história e se de muitos facilmente conseguimos uma cópia, de outros temos histórias quase rocambolescas e reveladoras da forma como o mercado olha um certo cinema. Naturalmente que todos os filmes que agora exibimos são em formato digital. Os projetores de cinema são agora unicamente peças de museu.

Finalmente, na era da internet, qual a importância que vêem actualmente na existência dos cineclubes?
A era da internet é a era dos filmes vistos individualmente e com isso, com muito pouca paciência. O cinema e sobretudo os cineclubes permitem a visão de filmes em espaço público onde o espetador pactua com este acordo de que quem manda no tempo é o filme. Este acordo permite-nos segredar subtilidades chegadas num novo filme, em cada autor.

Sessão do Cine-Clube de Avanca

Sessão do Cine-Clube de Avanca

A Janela Encantada agradece a colaboração de António Costa Valente, e do Cine-Clube de Avanca, recomendando a quem puder que participe nas suas sessões, e apoie os cineclubes locais.

Cine-Clube da Ilha Terceira

26 Domingo Mar 2017

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Cineclubes, Cinema

Cine-Clube da Ilha Terceira

Apresentação

Nome: Cine-Clube da Ilha Terceira
Localização: Recreio dos Artistas, Angra do Heroísmo

Blogue: http://cineclubeilhaterceira.blogspot.pt/
Facebook: https://www.facebook.com/cineclubeilhaterceira/
Email: cineclubeilhaterceira@gmail.com

Sessão do Cine-Clube da Ilha Terceira no Recreio dos Artistas

Sessão do Cine-Clube da Ilha Terceira no Recreio dos Artistas

Entrevista

Entrevista a Jorge Paulus Bruno, presidente do Cine-Clube da Ilha Terceira
Novembro de 2016

Há quanto tempo existe o Cine-Clube da Ilha Terceira?
O Cine-Clube da Ilha Terceira (CCIT) foi originalmente fundado no ano de 1977. Durante cerca de dez anos teve uma actividade de exibição cinematográfica regular e que fez com que fosse um Cine-Clube com mais de cinco mil sócios.

Quantos sócios tem presentemente, e que quotas pagam?
Presentemente o CCIT tem 45 sócios, que anualmente pagam uma quota anual no valor de €20, usufruindo de descontos nas atividades promovidas pelo Clube.

Quantas sessões tem o CCIT por mês?
Depende dos meses. Há cinema regular uma vez por mês, mas há meses em que há cinema mais do que quatro vezes. Tentamos potenciar parcerias e ciclos de cinema em formatos de extensão, como o caso do Cine’Eco de Seia, o FACA – Festa da Antropologia do Cinema e da Arte, ou ainda as celebrações do 25 de Abril, a rede do Dia Mais Curto, entre outras, o que faz com que a nossa atuação seja menos regular. No entanto, estabelecemos recentemente uma parceria com a Recreio dos Artistas e a Junta de Freguesia da Sé no sentido de termos exibições de cinema mais regulares, para podermos responder que exibimos pelo menos duas vezes por mês.

Que critérios presidem à vossa programação, e que áreas se procuram cobrir?
Cinema ambiental, de perfil antropológico, musical, cinema português e europeu de hoje. O Cine-Clube da Ilha Terceira tem vindo a trabalhar, em formato de ciclo e/ou extensão, conjuntos de filmes que abordem determinadas temáticas que consideramos de interesse cultural e cinematográfico.

Como é a adesão da população em geral?
Decorre um processo de criação de hábito de ir ao cinema no contexto da programação de filmes fora do circuito comercial. Como diria Pessoa, primeiro estranha-se e depois é um hábito. A verdade é que o projeto “Cinema da Minha Vida” teve, numa sessão ao sábado, pelas 18h00, mais de 80 espectadores. É um hábito que acreditamos se irá instalar rapidamente.

Que outras actividades e iniciativas do cineclube gostaria de destacar?
Os objetivos os CCIT concentram-se na exibição dos filmes com eventuais presenças dos realizadores e programadores de festivais. Potenciamos momentos de debate e de contacto com o público espectador, permitindo a troca de experiências e de expectativas entre realizadores e público. O Cine-Clube da Ilha Terceira está também a trabalhar em permanência com a Direção Regional da Educação na criação de um Plano Regional de Cinema, uma espécie de repositório, de catálogo com filmes de temática açoriana, que os alunos das nossas escolas devem tomar contacto.

Com que apoios contam a nível local, e que outros gostariam de ter?
Apoios financeiros do Governo Regional dos Açores e da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo. É desejável obter financiamento junto das instituições relacionadas com o sector dependentes do Governo da República, como por exemplo o Instituto do Cinema e do Audiovisual, mas temos consciência de que só «renascemos» há apenas três anos e que o caminho se faz caminhando… um passo de cada vez.

Estão satisfeitos com as instalações, e material técnico ou pensam que poderiam ter melhores condições?
As condições são aceitáveis, mas pretende-se melhorá-las. Estamos sempre em processo de contínua melhoria. Nunca nos sentimos satisfeitos, até porque a satisfação é inimiga da qualidade. No entanto, temos consciência de que ainda temos muito para melhorar.

Qual a facilidade ou dificuldade com que obtêm os filmes desejados? Em que formatos os projectam, e que proveniências têm?
Felizmente, nos tempos globais que correm é extremamente fácil ter-se acesso a filmes e realizadores bastante distantes dos Açores. Uma vez que os formatos digitais permitem o envio através de servidores, o que faz com que o transporte dos filmes possa até nem acontecer. Noutros casos, usamos DVDs, sendo que estes também se conseguem encomendar com muita facilidade em sites da especialidade. Mais ainda, o Cine-Clube da Ilha Terceira tem também relações privilegiadas com os realizadores e distribuidoras com que trabalha, sendo que as suas exibições derivam também destas parcerias.

Finalmente, na era da internet, qual a importância que vêem actualmente na existência dos cineclubes?
Continuam a ser indispensáveis para os verdadeiros amantes da Sétima Arte. Conhecer cinema e saber ver cinema não é saber estar sentado numa sala de cinema. Os Cine-clubes são essenciais na criação de públicos informados e críticos no que concerne às cinematografias que lhes são apresentadas pelo mercado.

Jorge Paulus Bruno, o presidente do Cine-Clube da Ilha Terceira

Jorge Paulus Bruno, o presidente do Cine-Clube da Ilha Terceira

A Janela Encantada agradece a colaboração de Jorge Paulus Bruno, e do Cine-Clube da Ilha Terceira, recomendando a quem puder que participe nas suas sessões, e apoie os cineclubes locais.

Cine Clube de Viseu

19 Domingo Mar 2017

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Cineclubes, Cinema

Cine Clube de Viseu

Apresentação

Nome: Cine Clube de Viseu
Localização: IPDJ VISEU, Fontelo / Rua Escura 62, 3500-158 Viseu

Website: http://www.cineclubeviseu.pt/
Facebook: https://www.facebook.com/ccviseu
Email: geral@cineclubeviseu.pt

Cine Clube de Viseu

Entrevista

Entrevista a Rodrigo Francisco
Novembro de 2016

Quando começou e como se formou o Cine Clube de Viseu (CCV)?
Tudo começou em 1955, com uma comissão organizadora, até serem eleitos, em 1956, os primeiros corpos gerentes. O processo exigiu muita dedicação já que os responsáveis calcularam que era necessário um número mínimo de 350 associados para viabilizar a actividade. A primeira sessão de 16 de Dezembro, no Cine Rossio, só avançou depois de garantida essa condição.

Quantos sócios têm, quais as vantagens e quotizações dos associados?
Os associados têm diversos benefícios, descontos nas actividades, envio semanal dos textos de apoio das sessões. Temos, em parceria com instituições culturais e empresas da região, um conjunto de descontos em compras e serviços à disposição dos associados. Procuramos sensibilizar para a importância de um projecto que diversifica a oferta cultural da cidade, cuja finalidade não lucrativa depende, em grande medida, do entusiasmo e participação dos associados. Temos 300 associados que pagam uma quota anual de 20 euros, ou 12,50 euros no caso de estudantes, desempregados, e maiores de 65.

Quantas sessões tem o Cine Clube de Viseu por mês?
O Cine Clube apresenta 5 a 7 filmes por mês, considerando todas as sessões que vão desde o público em geral às escolas.

Que critérios presidem à vossa programação, e que áreas se procuram cobrir?
No caso dos cine clubes, antes dos critérios que orientam a programação, surgem as condicionantes que nos afectam. A começar pelas limitações da distribuição cinematográfica, do cinema clássico, por exemplo. Ou dos autores contemporâneos, como Bela Tarr, realizador de “O cavalo de Turim”, uma lenda viva do cinema europeu, que só em 2012 teve um filme seu distribuído nas salas nacionais (veio tarde, porque o Tarr garante que foi o seu último filme…). E há filmes inacessíveis ao CCV por força dos valores pedidos ou porque não temos equipamento adequado.

A exibição de filmes é normalmente enquadrada em ciclos temáticos, possibilitando espaços de análise enriquecedores: ciclos sobre cinematografias específicas (oriental, europeia, América Latina), autores (Gus Van Sant, António Campos), e diversos temas (infância, intervenção social).

Como é a adesão da população em geral?
A programação procura criar um espaço de divulgação e reflexão à volta do cinema, considerando que se trata, também, de uma forma de arte. As escolhas do Cine Clube de Viseu são feitas segundo critérios artísticos, estéticos, históricos, criando uma reserva de cinema não dependente do retorno comercial, o que proporciona a apresentação de dezenas de filmes ao longo do ano, que no caso de Viseu não chegariam aos espectadores: filmes das mais variadas cinematografias, autores, clássicos e primeiras obras.

Vamos, por isso, ao encontro dos interesses do público que gosta de um espaço plural e livre de apresentação dos filmes. Um espaço alternativo ao circuito comercial e fundamental para o desenvolvimento cultural do país. Não é um espaço a que o público adira de forma massificada, nem condições existem para tal neste país de atrasos estruturais do seu sistema educativo na sensibilização de públicos para o cinema e audiovisual e onde o espaço mediático se concentra exclusivamente no cinema mainstream.

Que outras actividades e iniciativas do CCV gostaria de destacar?
Podemos destacar a publicação que dedicamos ao cinema, “Argumento”, o projecto “Cinema para as Escolas”, ou o festival VistaCurta [Nota: Setembro a Outubro].

Com que apoios contam a nível local, e que outros gostariam de ter?
Contamos com todos os apoios, começando pelos associados, porque o Cine Clube de Viseu é uma organização que procura em todos os projectos encontrar parcerias que expandam a actividade. Escolas, empresas, associações e estruturas culturais, câmara municipal são exemplos destes apoios.

Estão satisfeitos com as instalações, e material técnico ou pensam que poderiam ter melhores condições?
O Cine Clube está a trabalhar no sentido de actualizar as suas condições de som e imagem.

Finalmente, na era da internet, qual a importância que vêem actualmente na existência dos cineclubes?
O papel dos cine clubes consiste em garantir o acesso do público a uma oferta de cinema não orientada para o lucro, onde os filmes são exibidos independentemente do retorno de bilheteira que possam gerar. O CCV acompanha as suas sessões, desde 1955, com textos críticos, debates com realizadores e actores, apurando um sentido crítico e um olhar mais atento para o fenómeno fílmico. Com os seus recursos, o CCV trabalha com as crianças mais pequenas: estamos a realizar projecções, oficinas de cinema de animação e a preparar uma ida à sala de cinema com 20 grupos do pré-escolar do concelho, ao longo do ano lectivo. Todos estes projectos vocacionados para a fruição do cinema são fundamentais em qualquer época, com ou sem internet.

Sessão do Cine Clube de Viseu, ao ar livre

Sessão do Cine Clube de Viseu, ao ar livre

A Janela Encantada agradece a colaboração de Francisco Rodrigo, e do Cineclube de Viseu, recomendando a quem puder que participe nas suas sessões, e apoie os cineclubes locais.

Cineclube de Tavira

19 Domingo Fev 2017

Posted by jc in Cineclubes

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Cineclubes, Cinema

Cineclube de Tavira

Apresentação

Nome: Cineclube de Tavira
Localização: Rua Guilherme Gomes Fernandes, 5, Tavira

Website: http://www.cineclube-tavira.com/
Facebook: https://www.facebook.com/cineclubede.tavira/
Email: cineclubetavira@gmail.com

Sessão ao ar livre no Cineclube de Tavira

Sessão ao ar livre no Cineclube de Tavira

Entrevista

Entrevista a Candela Varas
Outubro de 2016

Há quanto tempo existe o Cineclube de Tavira?
Existe desde 1999​.

Quantos sócios tem, e que quotas pagam?​
Tem aproximadamente 100 sócios, que pagam 15,00 euros semestrais, ou 30,00 euros anuais.

Quantas sessões tem por mês o Cineclube de Tavira?​
É variável. De 4 ou 5, até 6 sessões.​

Que tipo de filmes tentam incluir na vossa programação?​
​Bons filmes, não comerciais mas acessíveis para o público.

Como é a adesão da população em geral?​​
De momento razoável. Tentaremos que seja maior…

Que outras actividades e iniciativas do cineclube gostaria de destacar?
Organizamos colóquios e parcerias, e um festival de Verão.

Com que apoios contam?​
Contamos com o apoio da Câmara, da Direcçao Geral da Cultura de Faro, e do ICA (Instituto do Cinema e do Audiovisual).​

Estão satisfeitos com as instalações, e material técnico ou pensam que poderiam ter melhores condições?​
Estamos bastante satisfeitos, mas pode-se sempre melhorar.

Qual a facilidade ou dificuldade com que obtêm os filmes desejados? Em que formatos os projectam, e que proveniências têm?​
Para programar, primeiro tem de se ver o que há disponível… e não é assim tanto. Usamos principalmente blu-ray, e fundamentalmente distribuidoras nacionais.​

Finalmente, na era da internet, qual a importância que vêem actualmente na existência dos cineclubes?​
É fundamental, porque nada substitui o visionamento partilhado e colectivo de um filme, com o seu grande ecrã… e depois sempre há quem fale do assunto. Em casa, a partilha fica mais limitada.

Cineclube de Tavira

A Janela Encantada agradece a colaboração de Candela aras, e do Cineclube de Tavira, recomendando a quem puder que participe nas suas sessões, e apoie os cineclubes locais.

Cineclube Aurélio da Paz dos Reis

12 Domingo Fev 2017

Posted by jc in Cineclubes

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Cineclubes, Cinema

Cineclube Aurélio da Paz dos Reis

Apresentação

Nome: Cineclube de Aurélio da Paz dos Reis
Localização: Casa do Professor, Avenida Central, 106-110, Braga

Blogue: http://www.aureliodapazdosreis.org/
Facebook: https://www.facebook.com/cineclubebraga
Email: cineclube@aureliopazdosreis.org

Uma apresentação no Cineclube Aurélio da Paz dos Reis

Uma apresentação no Cineclube Aurélio da Paz dos Reis

Entrevista

Entrevista a Miguel Ramos, responsável pela programação
Setembro de 2016

Há quanto tempo existe o Cineclube Aurélio da Paz dos Reis, e como é a sua quotização?
​Existe desde 2011​. ​Apesar de termos Associação formal aberta, e termos a possibilidade de ter sócios, decidimos não abrir inscrições por sentirmos que não temos estrutura para tal.

Quantas sessões tem por mês?
​Inicialmente tínhamos duas sessões por mês, com alguns momento de pico, onde acolhíamos propostas externas. A partir de Janeiro de 2016, por falta de condições logísticas, não temos programação regular, mas sim pontual.​

Que critérios presidem à vossa programação, e que áreas se procuram cobrir?
​A programação de cinema independente, principalmente cinema português, tem sido o nosso grande foco programático. Nos últimos dois anos de programação regular, estávamos em dialogo programático com o espaço que nos acolhia (Casa do Professor), de modo a conciliarmos agendas temáticas.

Como é a adesão da população em geral?
​Temos um público pouco heterogéneo. Um público bastante cinéfilo que procura na nossa programação aquilo que não encontrava noutros espaço da cidade. E como temos uma folha de sala densa por cada sessão, bem como apresentação do filme, esse público que procura o Cineclube, é tendencialmente académico. Pelo contrário, nas nossas sessões ao ar livre, com o «A gosto de Verão», temos um público vastíssimo.

Que outras actividades e iniciativas do cineclube gostaria de destacar?
​Temos colaborado regularmente com as edições da Confederação, um colectivo de investigação teatral, sediado no Porto, e que faz imenso trabalho por Braga. Eles editam bastante, e como alguns dos temas nos são próximos, acabamos por colaborar nas mesmas, financeiramente, e apoiando a vinda dos ciclos de cinema e lançamento das edições em Braga.​

Com que apoios contam a nível local, e que outros gostariam de ter?
​Neste momento o apoio é essencialmente camarário​, não estando esse apoio afecto à programação regular, mas sim a alguns projectos de investigação e recuperação de imagens em movimento sobre Braga, bem como alguns projectos programáticos pontuais.

Estão satisfeitos com as instalações, e material técnico ou pensam que poderiam ter melhores condições?
​Nada satisfeitos. Lutamos para que melhore. É um caminho a percorrer.​

Qual a facilidade ou dificuldade com que obtêm os filmes desejados?
​Como trabalhamos com muito filmes fora de um sistema comercial/industrial, a forma de obter as copias é a partir de um contacto directo com realizadores e produtores. A projecção é digital, em variadíssimos formatos. Não estamos usar formatos analógicos, por impossibilidade da sala.

Finalmente, na era da internet, qual a importância que vê actualmente na existência dos cineclubes?
​O Homem é um ser social, e tem necessidade do encontro com o outro. Qual a necessidade de se ir ver um jogo ao estádio, quando o podemos ver na TV? Quem vai, vai pelo encontro e não pela qualidade de visionamento. Portanto, enquanto existir a necessidade do encontro, os clubes, sejam de cinema, de futebol, de bilhar, de caricas… são fundamentais. No caso do cinema, enquanto uma arte técnica, exige condições técnicas exímias para esse encontro. Isto falando na relação clássica espectador/tela e sala com os respectivos colegas de visionamento do escuro. Considero o contrário… presentemente o Homem começa a ter saudades do Homem, e daí os teatros por exemplo estarem a aumentar o número de espectadores. Nos caso dos cineclubes, é fácil o acesso a filmes e formatos, mas como a aparente facilidade de projectar um filme, faz com que se assista a projecções miseráveis, sem qualquer tipo de cuidado, com ficheiros fraquíssimos, etc. etc. Bom… depois de Pollock, ficamos com a sensação que todos sabemos pintar sem qualquer labor, depois do Duchamp qualquer um de nós pode expor qualquer coisa. Na verdade assim é. Viva a pluralidade, que de entre outras coisas a internet nos dá, mas polvo será sempre polvo. Uma pota será sempre remetida para segundo plano, por muito parecida que seja.

Sessão ao ar livre, no Auditório da Ponte

Sessão ao ar livre, no Auditório da Ponte

A Janela Encantada agradece a colaboração de Miguel Ramos, e do Cineclube Aurélio da Paz dos Reis, recomendando a quem puder que participe nas suas sessões, e apoie os cineclubes locais.

Cineclube de Telheiras

05 Domingo Fev 2017

Posted by jc in Cineclubes

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Cineclubes, Cinema

Cineclube de Telheiras

Apresentação

Nome: Cineclube de Telheiras (CCT)
Localização: Auditório da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, Estrada de Telheiras, 146, Lisboa

Blogue: https://cinetelheiras.wordpress.com/
Facebook: https://www.facebook.com/Cineclube-de-Telheiras-148629185235157/
Email: cinetelheiras@gmail.com

Quota anual: 20 Euros (garante acesso gratuito a todas as sessões)

Estreia nacional de "Eu, Martim" (2012) de Luciano Sazo (Chile)

Estreia nacional de “Eu, Martim” (2012) de Luciano Sazo (Chile)

Entrevista

Entrevista a Pedro Milheiro, responsável pela programação e direção artística
Setembro de 2016

Há quanto tempo existe o vosso cineclube?
Começámos a desenvolver actividades culturais em Novembro de 2011, mas tivemos a nossa inauguração oficial dia 13 de Janeiro de 2012.

Quantos sócios têm, e que quotas pagam?
Gostaríamos de ter mais sócios do que aqueles que apresentamos de momento. Para se fazer sócio do Cineclube de Telheiras basta contribuir com 20 Euros anuais e tem-se acesso gratuito a todas as actividades e programa do CCT.

Quantas sessões tem por mês?
Aproximadamente 4/5 sessões.

Que critérios presidem à vossa programação, e que áreas se procuram cobrir?
Grande parte da nossa programação prende-se tanto com propostas que nos chegam assim como obras ou espectáculos que queremos muito ver. [além das sessões de cinema] Realizamos concertos, workshops, teatro, espectáculos de dança, colóquios, conferências, entre outros.

Como é a adesão da população em geral?
A adesão do público tem sido uma luta constante ao longo destes anos. Não obstante o facto, a adesão do mesmo é maior quando de um espectáculo musical se trata.

Com que apoios contam a nível local?
Contámos com o apoio financeiro da ART (Associação de Residentes de Telheiras) durante o mandato do Presidente Luís Pereira e esporadicamente a Junta de Freguesia do Lumiar contribuiu para alguns eventos que realizámos.

Estão satisfeitos com as instalações, e material técnico ou pensam que poderiam ter melhores condições?
Inicialmente depáramo-nos com algumas dificuldades, nomeadamente o projector inicial era péssimo. Actualmente não temos razão de queixas, embora as obras no auditório ainda não estejam terminadas.

Qual a facilidade ou dificuldade com que obtêm os filmes desejados?
A maior dificuldade prende-se com o pagamento dos direitos de autor das obras exibidas, para além de ser bastante caro não conseguimos rever o montante investido. Por outro lado, temos vários autores, tanto nacionais como internacionais, que pretendem visualizar os seus trabalhos no grande ecrã e por isso não são cobrados direitos de autor e o CCT tem uma maior flexibilidade neste tipo de iniciativas.

Finalmente, na era da internet, qual a importância que vêem actualmente na existência dos cineclubes?
A internet veio em muito a facilitar o acesso à informação e a encurtar o tempo de distância. Actualmente vivo em Bucareste e continuo diariamente ligado a Portugal. A internet funciona também como o principal ponto de publicidade e divulgação no que concerne aos eventos que realizamos na medida de chegar ao maior numero de pessoas.

Apresentação "Lixo Extraordinário" (2010) de Lucy Walker, com introdução e debate conduzido por Rui Berkemeier (Quercus)

Apresentação “Lixo Extraordinário” (2010) de Lucy Walker, com introdução e debate conduzido por Rui Berkemeier (Quercus)

A Janela Encantada agradece a colaboração de Pedro Milheiro, e do Cineclube de Telheiras, recomendando a quem puder que participe nas suas sessões, e apoie os cineclubes locais.

Cineclubes em Portugal

22 Domingo Jan 2017

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Cineclubes, Cinema

Cineclubes

Introdução:

O movimento cineclubista surgiu ainda nos anos 20 do século passado, em França, país que seria também pioneiro na preservação e divulgação da história do cinema, quando Henri Langlois e Georges Franju fundaram a Cinemateca Francesa, em 1936. Por cá, iniciou-se em 1946 em Lisboa e no Porto, quando ocorreram as primeiras sessões em salas diferentes das do circuito comercial. Na sede da revista Cinema de Amadores, em Lisboa, exibia-se Metropolis de Fritz Lang, e no salão de festas do grupo recreativo Os Modestos, no Porto era exibido Fausto, de F.W. Murnau, ambas acompanhadas de palestras de críticos de cinema.

Constituindo-se como associações sem fins lucrativos, vivendo das quotizações dos sócios, e vocacionados à exibição e discussão de obras cinematográficas fora do circuito comercial, os cineclubes procuravam um cinema dito «artístico» que raramente chegava a Portugal (pelo menos em exibições duradouras e que passassem por todo o país), bem como redescobrir clássicos antigos, e promover a realização de palestras por especialistas e a publicação de obras que levassem a considerar o cinema como fenómeno cultural.

Passando por fases efémeras, e muitas falsas partidas, nos anos 40, dos quais resistiram o Clube Português de Cinematografia (CPC), do Porto, o Círculo de Cultura Cinematográfica, de Coimbra, e o Círculo de Cinema, de Lisboa, o movimento começou a crescer e a organizar-se, e em 1955, data do I Encontro de Cineclubes, eles eram já quinze.

O ideal romântico dos fundadores, que os fazia acreditar na capacidade do cinema em transformar a consciência colectiva, aliado ao facto de o Estado Novo, com a sua censura oficial, colocar amarras também na cultura, levou a que muitos dos descontentes com o regime (por exemplo militantes do Partido Comunista Português) encontrassem nos cineclubes pólos de reunião e pensamento, o que terá feito crescer a suspeita do Estado Novo para com estas associações, e originado repetidas repressões por parte da PIDE. A crispação foi sempre uma realidade, levando a extinção de alguns cineclubes e prisão dos seus dirigentes.

Mas, vicissitudes políticas à parte, o esforço dos cineclubes para legitimar o cinema como arte em Portugal, contribuiu decididamente para o apoio Fundação Calouste Gulbenkian à produção nacional, e depois para a fundação do Instituto Português de Cinema, com toda a geração do chamado Cinema Novo Português dos anos 60 e 70 a ter tido passagem pelo movimento cineclubista.

No pós-25 de Abril, os cineclubes começaram por ser terreno de guerrilhas partidárias. Em 1978 foi fundada a Federação Portuguesa de Cineclubes (FPCC), e o número de clubes associados iria, nos anos seguintes, ultrapassar as três dezenas. Seguiu-se um período de esvaziamento (de associados e aparente propósito), com o advento dos clubes de vídeo nos anos 80 a trazer uma nova forma do público se relacionar com o cinema. Já no novo século, o desafio das novas tecnologias levou ao aparecimento de novos suportes e plataformas de venda e partilha de filmes, aproximando mais o espectador de uma oferta mais diversificada.

Ainda assim, desmentindo os que os julgam um fenómeno do passado, os cineclubes continuam a resistir, com a especialização em ciclos temáticos, colóquios, e por vezes a organização de festivais, mantendo actividade regular, ainda que contando com dificuldades como sejam a do reduzido número de sócios e do acesso às cópias (limitado pelas distribuidoras, e demasiado caras).

Em homenagem a esse espírito combativo de amor ao cinema, e crença num objectivo de divulgação e oferta cultural, A Janela Encanta inicia uma série de artigos onde se falará de alguns daqueles que estão presentemente em actividade.

Nota: Se pertence a um cineclube português que ainda não tenha sido abordado pel’A Janela, não hesite em escrever-nos para: ajanelaencantada@gmail.com
 

Bibliografia aconselhada:

  • GRANJA, Paulo – As origens do movimento dos cineclubes em Portugal: 1924 – 55. Coimbra: Fac. de Letras da Univ. de Coimbra, 2006. Tese de Mestrado.
  • PEREIRA, Ana Catarina – Cineclubes: uma forma alternativa de ver cinema em Portugal. Imagofagia. Buenos Aires: Asociación Argentina de Estudios de Cine y Audiovisual (AsAECA), Nr. 2 (Outubro de 2010).

 

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