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Cinema, Cinema Francês, Jacques Feyder, Jean Gabin, Jean Grémillon, Jean Renoir, Julien Duvivier, Marcel Carné, Pierre Chenal, Realismo poético francês
Com o início da Segunda Guerra Mundial, o cinema francês sofreu um duro revés, não só pela canalização de recursos para o esforço de guerra, como, principalmente, com a ocupação nazi, a fuga de muitos artistas franceses, e o uso dos estúdios para um cinema de matriz diferente. O próprio governo francês viria a culpar o Realismo Poético pelo clima de derrotismo que trouxe a França. O cinema de personagens do povo, situações humanas precárias, e uma condição humana inspirada no pessimismo do realismo literário francês deixava de ser bem-vindo, e foi atirado para debaixo do tapete. A excepção foi o filme “Os Rapazes da Geral” (Les enfants du paradis, 1945), de Marcel Carné, filmado e mantido quase em segredo durante a guerra, e mesmo alterando um pouco as regras, com uma viagem ao passado, acabou por ser o filme que encerrou (com chave de ouro, diga-se!) esta corrente do cinema francês, que décadas depois, a geração do Cahiers du Cinema e da Nouvelle Vague viria a elevar como do melhor que a cinematografia francesa havia produzido.
Fica, em conclusão, a lista dos filmes aqui apresentados:
• 1931: La Chienne [The Bitch] – Jean Renoir
• 1934: L’Atalante (O Atalante) – Jean Vigo
• 1934: Maria Chapdelaine – Julien Duvivier
• 1935: Toni – Jean Renoir
• 1936: La belle équipe (Uma Mulher que não Vence) – Julien Duvivier
• 1936: Les bas-fonds (O Mundo do Vício) – Jean Renoir
• 1937: Pepe le Moko (Pépé le Moko) – Julien Duvivier
• 1937: La grande illusion (A Grande Ilusão) – Jean Renoir
• 1938: La bête humaine (A Fera Humana) – Jean Renoir
• 1938: Le quai des brumes (Cais das Brumas) – Marcel Carné
• 1939: La Règle du jeu (A Regra do Jogo) – Jean Renoir
• 1939: Le jour se lève (Foi Uma Mulher Que O Perdeu) – Marcel Carné
• 1945: Les enfants du paradis (Os Rapazes da Geral) – Marcel Carné