
2017 foi, n’A Janela, o ano Fellini, que resultou na quinta integral de uma obra analisada, em outros tantos anos de blogue, e depois de Alfred Hitchcock, Woody Allen, Martin Scorsese e Ingmar Bergman.
Homenageado em vida em Hollywood (um dos raros autores europeus a ser reconhecido pela Academia diversas vezes), Fellini dá ainda o nome ao maior estúdio da Cinecittà, tem uma ala do museu daqueles estúdios, sendo ainda hoje o mais facilmente reconhecido realizador italiano dentro e fora de Itália. O seu mundo fantasioso, o gosto pelo onirismo, o modo surrealista e grotesco de contar histórias, e um colocar despudorado do seu subjectivo eu num cinema que é tanto sensorial e emocional quanto o é narrativo, fizeram-no uma voz incontornável do cinema mundial, imitado e aplaudido pelas gerações seguintes.
Foi essa obra que se tentou aqui analisar, compreender e homenagear, em 20 longas-metragens, deixando de fora apenas segmentos incluídos em filmes colectivos, um episódio de televisão, e duas curtas que saíram em vídeo. Com uma obra que inclui ainda alguns argumentos para outros realizadores, Federico Fellini foi já alvo de vários documentários, e até de uma recente biopic, de Ettore Scola, “Que Estranho Chamar-se Federico” (Che strano chiamarsi Federico, 2013).
A lista de filmes
O ano de 2018 será dedicado a Rainer Werner Fassbinder.