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No final da década de 1950, em Itália, surgiu uma nova tendência cinematográfica aliada ao cinema de terror. Ela recuperava a componente gótica, que se pensava então tipicamente inglesa, inspirando-se nos temas que vinham dos clássicos da literatura de Horace Walpole e Ann Radcliffe a M. R. James, Mary Shelley e Bram Stoker até Edgar Allan Poe.
Era o terror gótico italiano, que baseado em histórias conhecidas, de um porte aristocrático britânico, aliava-lhe um certo modo de estar italiano, assente em erotismo, preversões sexuais, e muito macabro. Era vestido com nomes ingleses (muitas vezes pseudónimos de actores e realizadores italianos), tendo em gente como Barbara Steele, Klaus Kinski e Christopher Lee, algumas das estrelas internacionais que mais o destacaram.
É uma homenagem a esse género italiano que aqui se apresenta ao longo das próximas semanas, através de 26 filmes que vão de 1957 a 1977.
Um dos mestres do terror gótico em Itália foi o realizador Antonio Margheriti, que quando se aventurou nos westerns, fez um excelente filme protagonizado por Klaus Kinski chamado “E Dio Disse a Caino…”. Trata-se de um magnífico western gótico sobrenatural que obviamente aconselho.
O Antonio Margheriti vai passar neste ciclo quatro vezes. Fica a ideia desse filme para uma próxima oportunidade. Só o conheço de nome.