Não é hábito d’A Janela Encantada olhar para blockbusters ou grandes nomes do cinema comercial. No entanto é disso que o próximo ciclo tratará. Tal justifica-se pela importância histórica de um nome e por aquilo que influenciou no cinema que se lhe seguiu.
Esse nome é Douglas Fairbanks!
Muito antes do fenómeno blockbuster, logo nos primórdios de Hollywood, quando a palavra “estrela” começou a ser aplicada a alguns actores que ganhavam fama à escala nacional, Douglas Fairbanks tornou-se sinónimo do grande filme de aventuras.
Estreando-se como actor de cinema em 1915, e passando a produzir desde 1917, foi já creditado em mais de 30 filmes que Douglas Fairbanks se lançou na grande aventura de inspiração literária, dando vida a heróis imortais, servindo-se dos mais fabulosos valores de produção que se podiam reunir na altura. De Zorro a D’Artagnan, da Idade Média inglesa aos piratas das Caraíbas, das histórias das Mil e Uma Noites às pampas argentinas, Douglas Fairbanks espantou o mundo com recriações épicas, cenários faustosos, coreografias de inúmeros figurantes e cenas de acção vertiginosa onde se destacavam as suas proezas físicas. O sucesso comercial e artístico dos seus filmes fez com que se tornasse um dos grandes nomes de Hollywood (co-fundador da United Artists) e os seus filmes passaram a ser a bitola pela qual o cinema de aventuras se mediria nas décadas seguintes
São esses filmes, oito de 1920 a 1928, que marcam o esplendor e fase final do cinema mudo, que iremos analisar nas próximas semanas.
Textos adicionais
A lista de filmes