Neo-realismo italiano – apêndices

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1. Bibliografia aconselhada sobre o neo-realismo italiano

O cinema neo-realista italiano:

  • BAZIN, Andre, CARDULLO, Bert – Andre Bazin And Italian Neorealism. London. Continuum Publishing Corporation, 2011
  • BOOKS LLC – Movements in Cinema: Italian Neorealism, Parallel Cinema, Remodernist Film, German Expressionism, Dogme 95, Grupo Cine Liberacion. Memphis, TN. Books LLC, 2010
  • CARDULLO, Bert – What Is Neorealism? A Critical English Language Bibliography Of Italian Cinematic Neorealism. Lanham, MD. University Press of America, 1991
  • HEPHAESTUS BOOKS – Movements In Cinema, Including: Italian Neorealism, New Queer Cinema, French New Wave, New Hollywood, German Expressionism, Spiritual Film, Poetic Realism, Italian Futurism (cinema), Participatory Cinema, Third Cinema, Remodernist Film, No Wave Cinema. Richardson, TX. Hephaestus Books, 2011
  • MARCUS, Millicent – Italian Film In The Light Of Neorealism. Princeton, NJ. Princeton University Press, 1987
  • ROCCHIO, Vincent F. – Cinema of Anxiety: A Psychoanalysis of Italian Neorealism. Austin, TX. University of Texas Press, 1999
  • SHAIL, Robert – Italian Neo-Realism, Rebuilding The Cinematic City. London. Wallflower Press, 2005
  • WAGSTAFF, Christopher – Italian Neorealist Cinema: An Aesthetic Approach. Toronto. University of Toronto Press, 2007

Roberto Rossellini:

  • BONDANELLA, Peter – The Films of Roberto Rossellini. Cambridge. Cambridge University Press, 1993
  • BRUNETTE, Peter – Roberto Rossellini. Cambridge, MA. Da Capo Press, 1996
  • FORGACS, David [ed.], LUTTON, Sarah [ed.], NOWELL-SMITH, Geoffrey [ed.] – Roberto Rossellini: Magician of the Real. London. British Film Institute, 2008
  • GALLAGHER, Tag – The Adventures Of Roberto Rossellini: His Life And Films. Cambridge, MA. Da Capo Press, 1998
  • ROSSELLINI, Roberto, APRA, Adriano [Ed.] – My Method: Writings and Interviews Paperback. New York, NY. Marsilio Pub, 1995

Luchino Visconti:

  • BACON, Henry – Visconti: Explorations of Beauty and Decay. Cambridge. Cambridge University Press, 1995
  • NOWELL-SMITH, Geoffrey – Luchino Visconti. 3rd edition. London. British Film Institute, 2008
  • SERVADIO, Gaia – Luchino Visconti: A Biography. London. Franklin Watts, 1983
  • STIRLING, Monica – A study of Luchino Visconti. San Diego, CA. Harcourt Brace Jovanovich, 1983

Vittorio De Sica:

  • CARDULLO, Bert – Vittorio de Sica: Director, Actor, Screenwriter. Jefferson, NC. McFarland & Company, 2002
  • CURLE, Howard [ed.], SNYDER, Stephen [ed.] – Vittorio De Sica: Contemporary Perspectives. Toronto. University of Toronto Press, 2000
  • DE SANTI, Gualtero – Vittorio de Sica. Milano. Il Castoro, 2003

2. Personalidades do Neo-realismo italiano

Roberto Rossellini (1906-1977)
Realizador

Roberto RosselliniNascido em Roma, numa família de pai industrial (que construiu o primeiro cinema de Roma), Roberto Rossellini colocou desde muito cedo os seus recursos em actividades ligadas à produção cinematográfica, principalmente sob o ponto de vista da evolução técnica. Desde antes da II Guerra Mundial, Roberto começou a realizar curtas-metragens, e a convite do próprio Vittorio Mussolini tornou-se profissional, passando a realizar pequenos documentários. Foi já após o fim do fascismo que completaria o seu filme “Roma Cidade Aberta” (Roma Città Aberta, 1945), filme que lançou a carreira de Anna Magnani, e é para muitos o início do neo-realismo italiano. A estes seguir-se-íam mais dois filmes da chamada trilogia neo-realista: “Libertação” (Paisà, 1946), e “Alemanha, Ano Zero” (Germania, Anno Zero, 1948), que ajudariam a firmar o seu nome além-fronteiras.

A partir de de 1950 Rossellini iniciou uma relação (pessoal e profissional) com Ingrid Bergman, que participou em vários dos seus filmes. Rossellini granjeou uma admiração internacional, como pai do neo-realismo italiano, realizador de um olhar único sobre a realidade, inspirador (ou pai, como diria Truffaut) da Nouvelle Vague francesa, e de certo cinema alternativo americano, como é considerado por Martin Scorsese.

De entre os seus filmes mais consagrados destacam-se ainda: “Stromboli” (Stromboli Terra di Dio, 1950), “O Santo dos Pobrezinhos” (Francesco, Giullare di Dio, 1950), “Europa 51” (Europa ’51, 1952), “Viagem em Itália” (Viaggio in Italia, 1954), “O Medo” (La Paura, 1954), “Giovanna d’Arco al Rogo” (1954), “O General Della Rovere” (Il Generale Della Rovere, 1959), e “Era Noite em Roma” (Era Notte a Roma, 1960).

Luchino Visconti (1906-1976)
Realizador

Luchino ViscontiDe família aristocrática (inicialmente um conde), Luchino Visconti foi, desde tenra idade, habituado a lidar com os grandes nomes da cultura italiana, do teatro à ópera e poesia, incluíndo Giacomo Puccini, Arturo Toscanini e Gabriele D’Annunzio. No entanto a II Guerra Mundial e o fascismo fá-lo-iam renegar as origens, tornando-se membro do Partido Comunista.

Visconti iniciou a carreira no cinema, como assistente de Jean Renoir, em França, nos anos 30. De volta a Itália, realizou o seu primeiro filme Ossessione (1943), preocupado com a decadência dos valores familiares, que surgiria em vários dos seus filmes. Nesse filme colaborou com Gianni Puccini, Antonio Pietrangeli e Giuseppe De Santis, outros vultos do Neo-realismo, sendo para muitos o início do Neo-realismo italiano, enquanto outros apenas o consideram um precursor de um género ainda a definir. Já em pleno Neo-realismo, Visconti realiza “A Terra Treme” (La Terra Trema, 1948), “Belíssima” (Bellissima, 1951) e já num período tardio, “Rocco e Seus Irmãos” (Rocco e i Suoi Fratelli, 1960).

A partir de então Visconti mesclou as suas influências neo-realistas com o romantismo, e um dramatismo mais pessoal, estando ligado a algumas das mais importantes produções do cinema italiano (nalguns casos com actores estrangeiros). São os casos de “Sentimento” (Senso, 1954), “O Leopardo” (Il Gattopardo, 1963), “Os Malditos” (La Caduta degli Dei, 1969), “Morte em Veneza” (Morte a Venezia, 1971) e “O Intruso” (L’innocente, 1976).

Visconti foi ainda responsável por vários dos argumentos dos seus filmes. Para além do cinema, Visconti foi ainda um célebre encenador de teatro e ópera.

Vittorio De Sica (1901-1974)
Realizador

Vittorio De SicaNascido no Lácio, numa família humilde, Vittorio De Sica foi um famoso actor de teatro, antes de se dedicar ao cinema, tendo nos anos 30 fundado a sua própria companhia teatral. Embora notado pela sua actuação em comédias, De Sica participou ainda em inúmeros dramas, e trabalhou lado a lado com Luchino Visconti, ele também encenador teatral

A par da carreira teatral, Vittorio De Sica foi dando os primeiros passos como actor no cinema, ainda nos anos 20, nunca deixando a carreira de actor até ao ano da sua morte. Contam-se participações em filmes de Alessandro Blasetti, Giuseppe Amato, Luigi Comencini, Max Ophüls, Roberto Rossellini, Charles Vidor e Ettore Scola, entre muitos outros. Destacavam-se na primeira metade da sua carreira os filme cómicos, tendo chegado a actuar ao lado do célebre Totò.

É a partir da sua relação profissional com Cesare Zavattini que De Sica começa a dedicar-se à realização de filmes, sob a estética neo-realista. Destacam-se desde logo “Sciuscià” (1946), “Ladrões de Bicicletas” (Ladri di Biciclette, 1948), considerados entre os melhores do movimento, a que se seguiu “Humberto D” (Umberto D., 1952).

A sua carreira de realizador inclui ainda outros filmes consagrados, tanto em Itália, como no estrangeiro (tendo inclusivamente recebido vários Oscars e outros prémios internacionais). São exemplos: “O Milagre de Milão” (Miracolo a Milano, 1951), “O Ouro de Nápoles” (L’oro di Napoli, 1954), “Duas Mulheres” (La Ciociara, 1960), “Matrimónio à Italiana” (Matrimonio all’italiana, 1964) e “O Jardim Onde Vivemos” (Il Giardino dei Finzi Contini, 1970).

O seu filho Christian De Sica é um popular actor contemporâneo de cinema e televisão em Itália.

Giuseppe De Santis (1917-1997)
Realizador

Giuseppe De SantisGiuseppe De Santis, natural do Lácio, foi um estudante de Letras e Filosofia, que acabou por abandonar os estudos nos anos 30, em parte por causa da II Guerra, e porque preferiu passar o tempo em tertúlias intelectuais, que lhe deram a conhecer o mundo do cinema. Iniciou-se como jornalista e crítico, escrevendo em defesa dos primeiros filmes neo-realistas. Estudou cinematografia em 1940, tendo então passado à realização

Sendo militante do PCI, De Santis encontrou no povo a inspiração para os seus filmes. Após colaborações com outras figuras de proa do neo-realismo, como Luchino Visconti e Roberto Rossellini, realizou em 1948 a sua primeira longa-metragem, “Caccia Tragica”. A situação das classes mais desfavorecidas é também tratada na sua obra mais famosa, “Arroz Amargo” (Riso Amaro, 1949). Além destes filmes, “Não Há Paz Entre as Oliveiras” (Non c’è pace tra gli ulivi, 1950) e “O Pão Nosso de Cada Dia” (Roma, Ore 11, 1952) ajudaram a estabelecer Giuseppe De Santis como o quarto maior nome do neo-realismo, atrás Rossellini, Visconti e De Sica, trazendo ao movimento uma faceta mais sensacionalista.

Federico Fellini (1920-1993)
Argumentista, realizador

Federico FelliniConhecido principalmente pela carreira de realizador que o tornou um dos vultos mais inconfundíveis da história do cinema mundial, é como argumentista que Federico Fellini entra na história do neo-realismo italiano.

Nascido em Rimini, numa família humilde, onde terá acumulado memórias que viriam a surgir em muitos dos seus filmes, Federico Fellini mudou-se aos 19 anos para Roma. Na capital frequentou o curso de Direito, e integrou os quadros da revista Marc’Aurelio, onde conviveu com outros intelectuais, e escreveu sketches humorísticos. É já no pós-guerra, quando trabalhava em caricaturas, que conheceu Roberto Rossellini que o convidou a escrever para si.

Fellini não enjeitou a possibilidade de escrever para cinema, e colaborou com Rossellini em “Roma Cidade Aberta” (Roma, Città Aperta, 1945), que lhe valeria um Oscar, dividido com Sergio Amidei. Seguiu-se “Libertação” (Paisà, 1946), onde Fellini foi, além de argumentista, assistente de realização de Rossellini. Ainda no período neo-realista Fellini trabalhou em filmes como “Sem Piedade” (Senza Pietà, 1948) de Alberto Lattuada, “Il Miracolo” (1948) de Roberto Rossellini, “O Moinho do Rio Pó” (Il Mulino del Po, 1949) de Alberto Lattuada e “O Caminho da Esperança” (Il Cammino della Speranza, 1950) de Pietro Germi.

Dois dos seus primeiros filmes: “Os Inúteis” (I Vitelloni, 1953) (vencedor do Leão de Ouro do Festival de Veneza) e “A Estrada” (La Strada, 1954) são ainda influenciados pelo neo-realismo, corrente de onde Fellini se afastaria nos filmes seguintes, apostando numa cenografia barroca, e histórias plenas de fantasia e surrealismo. Tal formaria uma carreira ímpar cheia de sucessos e reconhecimento internacional.

Sergio Amidei (1904-1981)
Argumentista

Nascido em Trieste, Sergio Amidei foi um importante argumentista do cinema italiano, onde começou a trabalhar ainda antes da II Guerra Mundial, tendo desempenhado diversas funções técnicas. Após a Guerra Amidei aderiu ao movimento neo-realista, e pela mão de Roberto Rossellini e Vittorio De Sica, esteve ligado a alguns dos mais importantes filmes do movimento.

Entre a suas obras mais conhecidas, estão os argumentos de “Roma, Cidade Aberta” (Roma Città Aperta, 1945), “Libertação” (Paisà, 1946), “Alemanha, Ano Zero” (Germania, Anno Zero, 1948) e “Stromboli” (Stromboli Terra di Dio, 1949) todos de Roberto Rossellini, “Sciuscià” (1946) de Vittorio De Sica, “Sob o Céu de Roma” (Sotto il sole di Roma, 1948) de Renato Castellani, e “Anni difficili” (1948)de Luigi Zampa.

O seu trabalho valeu-lhe quatro nomeações para os Oscars, com: “Roma, Cidade Aberta”, “Sciuscià”, “Libertação” e, já em 1961, com “Il Generale della Rovere”.

Cesare Zavattini (1902-1989)
Argumentista

Cesare ZavattiniNatural de Regio Emília, Cesare Zavattini começou por se destacar como jornalista, quando se transferiu para Milão, onde iniciou a sua carreira profissional. A partir de 1931, Zavattini passou a publicar livros de sua autoria, onde se denotava já uma componente social, disfarçada pela sua sátira e escrita humorística, numa altura em que a Itália vivia sob o fascismo.

Em 1934 Zavattini passou a interessar-se pelo cinema, onde viria a fazer amizade com Vittorio De Sica. Com o realizador, Zavattini colaboraria em duas dezenas de filmes, incluindo, no período neo-realista: “Sciuscià” (1946), “Ladrões de Bicicletas” (Ladri di biciclette, 1948), “Milagre em Milão” (Miracolo a Milano, 1951) e “Humberto D” (Umberto D., 1952).

Para além do seu trabalho com De Sica, Zavattini trabalhou com quase todos os maiores nomes do cinema italiano do seu tempo, destancando-se Michelangelo Antonioni, Alessandro Blasetti, Giuseppe De Santis, Federico Fellini, Pietro Germi, Alberto Lattuada, Mario Monicelli, Dino Risi, Roberto Rossellini, Luchino Visconti e Damiano Damiani.

Ainda como exemplo do seu trabalho de argumentista no campo do neo-realismo acrescentem-se os filmes “Belíssima” (Bellissima, 1951) de Luchino Visconti e “Achtung! Banditi!” (1951) de Carlo Lizzani.

Giuseppe Amato (1899-1964)
Produtor

Nascido em Nápoles ainda no século XIX, Giuseppe Amato começou a trabalhar no cinema na sua cidade natal nos anos 1920. Após algum tempo nos Estados Unidos, onde aprendeu métodos de produção na transição do cinema mudo para o sonoro, Amato voltou a Itália, como distribuidor de filmes americanos. Nos anos 1940 seria, como produtor, um dos grandes impulsionadores do neo-realismo, lançando carreiras como a de Vittorio De Sica, e financiando alguns filmes importantes dessa corrente.

Entre os filmes por si produzidos contam-se: “O Santo dos Pobrezinhos” (Francesco, Giullare di Dio, 1950) de Rossellini, “Humberto D” (Umberto D., 1950) de De Sica e “A Doce Vida” (La Dolce Vita, 1960) de Fellini. Amato foi ainda argumentista nalguns dos filmes por ele produzidos.

Anna Magnani (1936-1973)
Actriz

Anna MagnaniNascida em 1908, em Alexandria, no Egipto, Anna Magnani cresceu nos subúrbios de Roma, educada pela sua avó. Aí estudou interpretação, e foi trabalhando em clubes nocturnos e teatros até casar com o realizador Nunzio Malasomma, que lhe deu a sua primeira oportunidade no cinema com “Cavalleria” (1936).

Anna Magnani era então principalmente uma actriz de teatro, até Vittorio De Sica apostar nela como protagonista. Com as complicações do final da guerra, só em 1945 Anna Magnani voltaria ao cinema, e pelas mãos de Roberto Rossellini em “Roma Cidade Aberta” (Roma Città Aberta, 1945), o filme que marca o início do cinema neo-realista italiano. Embora esta corrente apostasse frequentemente em elencos formados por não profissionais, Anna Magnani tornava-se um dos rostos que mais a protagonizaria, vindo de seguida a trabalhar para realizadores como Gennaro Righelli, Alberto Lattuada, Luigi Zampa e Renato Castellani.

É com Rossellini que Anna Magnani continua a destacar-se, para ele protagonizando “L’Amore” e “Il Miracolo”, ambos de 1948, e ainda no neo-realismo: “Belíssima” (Bellissima, 1951) de Vittorio De Sica.

O seu renome leva-a a actuar no estrangeiro, destacando-se em filmes como “A Comédia e a Vida” (Le Carrosse d’or, 1952) de Jean Renoir, e a sua estreia em Hollywood com a adaptação de Tennessee Williams “A Rosa Tatuada” (The Rose Tattoo, 1955) de Daniel Mann, que lhe valeria o Oscar para Melhor Actriz. Sem os dotes físicos que destacavam as suas conterrâneas Sophia Loren, Gina Lollabrigida e Clauda Cardinale, Magnani surpreendia pela força e subtileza da sua interpretação.

A partir de então Anna Magnani teria uma carreira dividida entre os Estados Unidos e a Itália, até ao seu último filme, um pequeno papel em “Roma de Fellini” (Roma, 1972) de Federico Fellini.

 

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1 thought on “Neo-realismo italiano – apêndices”

  1. Obrigada por teres deixado o link :). Bons textos e bons filmes!

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