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Albert Uderzo, Astérix, Banda Desenhada, Cinema, Podcast, René Goscinny, Segundo Take, Universos Paralelos
Pode ouvir aqui o quadragésimo segundo episódio de Universos Paralelos, desta vez com a participação especial de Rui Alves de Sousa:
Universos Paralelos é um programa da autoria de António Araújo (Segundo Take), José Carlos Maltez (A Janela Encantada) e Tomás Agostinho (Imaginauta), produzido e apresentado mensalmente no website Segundo Take.
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Desde muito cedo que comecei a ler banda desenhada. Na minha família ninguém gostava de ler mas o meu pai, de vez em quando, comprava-me uns livros de BD.
Comecei a ler os livros da coleção “O Falcão” e uns da coleção “Kuandor”, que era BD de origem francesa mas (muito mal) traduzida para português (tinha personagens como Nero Kid, Z-33, Tenax, Marouf, Kalar, etc.).
Da BD franco-belga, nunca gostei de Tintim e nem de Astérix. Li alguns de Blueberry mas não achei nada de especial. Gostava de ler Lucky Luke mas hoje já não me seduz, embora tenha lido dezenas de vezes “O esconderijo dos Dalton”, “Carris na pradaria”, “O Daily Star” e “Alerta aos Pés-Azuis”. Também nunca gostei de ler BD de super-heróis.
Para mim, a melhor BD do mundo é a italiana, nomeadamente Tex e Zagor, ambos pertencentes à Sergio Bonelli Editore. Tex já conta com mais de 70 anos e Zagor faz este ano 60 anos de existência (ambos sem nenhuma interrupção nas publicações desde 1948 e 1961, respetivamente).
Os italianos levam muito a sério a BD (ou fumetti, se preferirem) e é uma indústria que, ainda hoje, movimenta vários milhões de euros por ano.
Infelizmente, ainda hoje a banda desenhada é alvo de muitos preconceitos, nomeadamente da parte de intectualoides que não têm onde cair mortos mas que se fingem muito inteligentes!
Eu concordo com a ideia de que é mais erudito dizer “graphic novel” do que “banda desenhada”. Para mim são exatamente a mesma coisa. A única diferença é que um tem uma designação pomposa e o outro tem uma designação simples. É como dizer que alguém é “alcoólatra” (que soa bem), e dizer que alguém é “bêbado” (que já soa mal).
Quando saí da escola primária e fui para o 5.º ano, tive uma professora de Língua Portuguesa que me disse que ler BD era demasiado infantil e que esses livros não tinham valor nenhum! Eu fiquei a pensar: “Esta mulher é parva! Então alguns dos meus colegas nunca leram absolutamente nada e isso já é aceitável? Mas ler BD é um crime?”
Sobre os filmes do Astérix, só vi “Astérix e Obélix contra César” no extinto Cine-Teatro Crisfal, em Portalegre. Parece-me um filme bastante decente. Gostei do desempenho de Roberto Benigni e o pançudo Gérard Depardieu encaixa muito bem como Obélix.