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Novembro verá o último tomo do ciclo “Cinema XXI” de 2016, desta vez dedicado ao cinema do italiano Paolo Sorrentino.
Nascido em Nápoles em 1970, Sorrentino começou como argumentista, passando à realização, quer na televisão quer no cinema, com a sua primeira longa-metragem, “One Man Up” (L’uomo in più, 2001), a valer-lhe desde logo o Nastro d’Argento para melhor cineasta estrante.
Com uma voz bastante distinta no panorama actual, Sorrentino marca pela sua cinematografia sempre elegante e por vezes exuberante, um modo frenético e arrojado de filmar, lembrando um pouco Fellini e Kubrick, e uma temática que passa pela análise de um indivíduo de percurso solitário, preso entre decisões que distinguem entre o bem e o mal, mas preso num contexto de opressão social e cultural (com a sociedade italiana actual como pano de fundo) que o fazem caminhar entre um cinismo distante e uma esquizofreniza premente. Este caminho encontra-se indelevelmente associado ao actor Toni Servillo, estrela de quase todos os filmes de Sorrentino.