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Benjamin Christensen, Carl Theodor Dreyer, Cinema, Cinema dinamarquês, Cinema escandinavo, Cinema finlandês, Cinema islandês, Cinema Mudo, Cinema norueguês, Cinema sueco, Mauritz Stiller, Victor Sjöström
Embora a Escandinávia continue a parecer uma região remota da Europa, célebre apenas na bárbara era Viking, na verdade foi importante no início do cinema. Apesar da sua condição periférica, e de uma economia fraca no início do século XX, por uma série de circunstâncias, a que não será alheia a sua não participação na Primeira Guerra Mundial, países como a Dinamarca e a Suécia puderam construir uma indústria cinematográfica, que passou, não apenas pela constituição de grandes produtoras e estúdios modernos, como pela formação de alguns dos autores mais importantes da história do cinema.
São principalmente os casos de Mauritz Stiller, Benjamin Christensen, Victor Sjöström e Carl Theordor Dreyer, que souberam desenvolver a técnica de filmagem, usando a luz de uma forma inovadora, para filmar paisagens diferentes, trazendo um novo modo de interpretar em cinema, não hesitando em abordar assuntos tabu, tocar temas como o erotismo ou os conflitos morais, fazendo uso da paisagem como agente preponderante, em histórias em que buscavam o mais íntimo da alma humana, nos seus confrontos internos, limitações e contradições.
Foram muitos os filmes que entre 1911 e 1931, na chamada “era dourada do cinema escandinavo”, correram os cinemas internaconais dos dois lados do Atlântico, levando mesmo a que vários dos nomes citados fossem convidados a trabalhar nos Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra.
É um retrato desses filmes pioneiros, de ideias originais, técnicas inovadoras, e formas por vezes tão grosseiras como os inóspitos clima e paisagem da Escandinávia, que se pretende fazer neste ciclo, que homenageia as grandes obras mudas de autores da Dinamarca, Suécia, Finlândia e Noruega.