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Greta Garbo

Com apenas 36 anos, Greta Garbo participava no seu último filme, a comédia “A Mulher de Duas Caras” (Two-Faced Woman, 1941), de George Cukor. Por motivos vários (um forte ataque da Liga de Decência, a coincidência do ataque a Pearl Habor, e uma má recepção da crítica), o filme não foi o sucesso esperado, e Garbo, desiludida, resolveu parar um pouco. A guerra tornava mais difícil a obtenção de recursos para os projectos mais ambiciosos da actriz, e aos poucos começou a ver-se recusar todos os papéis que lhe eram oferecidos, até se perceber que Garbo tinha abandonado para a sempre o cinema.

Restava o mito. O mito da sua persona artística, mulher forte que desafiava, sem pudor, o duplo padrão masculino. O mito da sua distância e isolamento, reclusa de si própria, com uma vida pessoal ainda hoje muito secreta. O mito da grande actriz que trouxe uma nova forma de estar no ecrã, passando com igual brio do cinema mudo para o sonoro. O mito da beleza sempre jovem, que não se deixaria mais filmar ou fotografar depois dos 36 anos.

A imagem de Garbo tornava-se um ícone, mesmo para quem pouco conhece os seus filmes. A sua beleza fria e serena, como uma perfeita máscara de cera, continua a inspirar nos dias de hoje, tal como a sua personalidade distinta continua a ser motivo de estudo e controvérsia. Acima de tudo ficou a obra de uma grande actriz, que A Janela Encanta acompanhou através de 22 dos seus 23 filmes de Hollywood ainda existentes (já que “Romance” foi impossível de encontrar).

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A lista de filmes

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